quarta-feira, 19 de agosto de 2009

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[Os jornalistas americanos são uns tótós, dizem os jornalistas portugueses.]

Washington, 20 Ago (Lusa) - As principais organizações de meios de comunicação social dos Estados Unidos da América enviaram hoje uma carta a 600 assessores de imprensa da admnistração, entre eles os da Casa Branca, em protesto contra o crescente uso do "off the record".

A expressão refere-se às declarações que não se podem publicar nem atribuir a quem as proferir, pelo que não podem ser usadas pelo jornalista.

Os signatários da missiva dizem que o seu objectivo é fazer frente a uma "fonte comum de fricção" entre a imprensa e os políticos que estão a recorrer cada vez mais a esta expressão, inclusive em actos públicos.

A prática é atribuída sobretudo a membros do Congresso e a funcionários do governo federal que apenas dão informações sobre negociações em curso em eventos como as conferências, proibindo os jornalistas de usarem esses dados e insistindo em que não os citem caso refiram aos seus artigos.

A carta dá conta de um caso "recente" em que dois altos funcionários do Congresso disseram diante de um auditório com 300 pessoas que as suas declarações eram confidenciais.

A carta refere que os membros do governo do presidente Barack Obama também já recorreram algumas vezes a esta estratégia.

A prática, consideram os autores da missiva, prejudica a comunicação social e o público em geral, favorecendo as outras pessoas que acedem à mesma informação e que não estão obrigadas ao cumprimento da confidencialidade.

Lusa/fim

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