segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

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Coisas muito boas que 2008 oferece a 2009.

[é favor clicar em Demon Days, fechar os olhos e esperar que passe...]


In these demon days
We’re pulling our pay
The lights on the hill
Are freezing us still
The fingers of fate
Stretch out and take
Us to a night
But something’s not right
Something’s gone wrong

The half whispered hopes
The dreams that we smoked
Puffed up and ran
As only dreams can
Dreamt by the young
Sparks to be sung
In places so bright
But something’s not right
Something’s gone wrong.

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Um dos mistérios de 2008 foi o sumiço do MIL (sinceramente, já não me lembro do significado da sigla), um grupo de jornalistas esfomeados (só se reuniam em almoços e jantares), a que se juntou a nata e a directoria da classe, muito preocupados com uns gravíssimos e sacaníssimos atentados à liberdade de imprensa que aí vinham, e que por causa disso prometiam fazer não sei o quê e mais o Diabo e que acabaram silenciados e pastoreados pelos dos costume, os que, volta não volta, voltam com uma Ordem, da qual sonham ser, aí sim, pastores-mor, de maneira a lidarem ombro a ombro com o poder e assim, quem sabe, talvez, sacar umas prebendas honoríficas. Uma pena, pois então...

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Ora aí está, finalmente, um gajo que nunca passou pelo Colombo (*), num fim-de-semana à hora de almoço.

(*) rectificação: Norte Shopping

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Fui tratar do Cartão do Cidadão. Tenho duas reclamações:
1. As estrias dos bancos da sala de espera, apesar de a dita ter sido curta, deixaram-me a assentadeira cheia de estrias e até um pouco dorida;
2. Fui informado pela funcionária que o Cartão não dá acesso directo a avales e garantias da Caixa. Tá mal...

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[já não visitava estas meninas há uns tempos. linkaram-me e fui espreitar... era a neve. perdão, que template do caraças. dá gosto ser gaja... ou assim.]

domingo, 28 de dezembro de 2008

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Já vimos este filme tantas vezes... Puxa-se as orelhas na manchete de um jornal. Cria-se o efeito. Depois... pfff.

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2008

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2008

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2008

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2008

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2008

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2008

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2008

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2008

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Por mais que tente, fico sempre a léguas da perfeição. Por exemplo, não gosto de caviar, o que me afasta, irremediavelmente, das reuniões de esquerda do dito.

sábado, 27 de dezembro de 2008

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2008



Bob Dylan

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2008



Fleet Foxes

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2008



Camané

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2008




The Ting Tings

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2008



Teddy Thompson

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2008



The Last Shadow Puppets

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2008



Vampire Weekend

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Parece que o ano vai terminar (e começar) com mais umas trocas de mimos entre israelitas e palestinianos. Há uns tempos, cheguei a tentar discutir este assunto com algumas pessoas que me pareciam sensatas. Desisti.
Hoje, dá-me até um certo conforto que se disparem uns tiros por aquelas bandas. Sinal de que, perante tanta coisa que muda tão rapidamente, há ainda coisas que nunca mudam, que nos fazem acreditar que ainda estamos no mesmo mundo em que, milénio atrás de milénio, se atiram umas pedras pelas mesmas (sem)razões de há milénios e milénios.
Além do mais, também houve um tempo em que cheguei a acreditar na bondade humana. Já não me lembro se como ponto de partida, se como ponto de chegada. A bondade humana é, afinal, ensinou-me o tempo e a vida, a mais superficial e efémera das coisas sobre a Terra. Que assim seja.

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Não sei se acontece o mesmo convosco, mas tenho notado algumas movimentações estranhas junto do banco do jardim de S. Amaro.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

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Paolo Conte, La Donna in Inverno / Sparring Partner, Verona 2005

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A ressaca natalícia:

as secretas europeias querem agora saber quem é Jesus e apanhá-lo

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No Hospital São José, em Lisboa, a urgência também regista uma forte procura. A Lusa apurou junto deste hospital que, às 20:00, os casos menos urgentes tinham de esperar oito horas e 59 minutos para serem atendidos. A espera dos casos urgentes situava-se nas cinco horas e quatro minutos e os muito urgentes 19 minutos.

[Eu hoje também pensei ir ao hospital por causa do atchim pedir um papel para não ir trabalhar na ponte mas ósdespois pensei que sempre era melhor ir trabalhar e fazer atchim no trabalho do que ficar oito horas e 59 minutos na fila do São José.]

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E agora... "a maior pistola de plástico de sempre":

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Há notícias que ainda conseguem surpreender...
E que tal a promoção de uma campanha para que tenhamos o primeiro primeiro-ministro marca branca do mundo?
[Conheço um jornalista que, a esta hora, já terá mandado aos ministros que fizeram a oferta um mail a perguntar se foi feito o respectivo concurso público para aquisição da prenda...]

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

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[Disclaimer: os posts lêem-se uns atrás dos outros, não necessariamente pela ordem em que foram escritos. De qualquer forma, o autor não se responsabiliza pela falta de sentido que tudo isto possa ter.]

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Mais exactamente, assim



Marianne Faithfull - As Tears Go By (1965)

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Há uns anos, activei o Google Alerts com o meu nome. Algo entre a vaidade e o profissionalismo. Toda a gente gosta de saber o que dizem de si (bem ou mal) e, trabalhando-se nos ou com os media, isso é de alguma forma vital.
Só que a Net tem mistérios insondáveis, e o Google Alerts fala-me todas as semanas de um mundo que já não é o meu. Um mundo de há dois, três anos... às vezes menos.
Ontem, alertou-me para algo que não tinha lido na altura [Nov. 2007], escrito por um dos bloggers de referência cá do sítio, em que o meu nome é alcandorado a missões que de todo me escapam, numa catilinária sem sentido [a velha história de que o LNEC ia estudar Alcochete a fingir, de modo a que o Aeroporto se mantivesse na Ota]. Pouco interessa aqui o assunto em concreto. Apenas registo o sorriso que me provocam estes ecos distorcidos do passado... E diverte-me ainda mais a simples ideia de um mundo em que fosse possível, a todo momento, cotejar as toneladas de disparates que todos os dias se escrevem com a realidade tal como ela se apresenta.

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Muitas das revistas da especialidade colocam o disco For Emma, Forever Ago, de Bon Iver, como um dos melhores de 2008. Compreendo, e até gosto, mas daí...

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No último dia de aulas, um puto apontou uma arma de plástico à professora para exigir melhores notas. Parece que, segundo a presidente do Conselho Directivo, a coisa nem é lá muito grave, o chato é que tenha sido filmada e chegado ao Youtube.
Mário Nogueira, o novo Marcelo, o novo Rogeiro, já comentou. Mas extraordinário mesmo é o comentário da Federação de Associações de Pais do Porto (!): "Há culpados que têm que ser denunciados e o mais importante de todos é a administração escolar (Direcção Regional de Educação do Norte - DREN), que, sobretudo depois do caso da [Escola] Carolina Michaelis, devia ter imposto regras claras que impedissem a utilização de telemóveis durante as aulas e não o fez".
Não sei se percebem a ligação - a culpa de um puto apontar uma pistola de plástico está relacionada com a utilização de telemóveis...
A culpa, segundo os Pais, nunca poderia ser dos pais. Da educação, que deve começar e acabar em casa.
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Aproveitei o passeio pós-almoço para deixar na reciclagem as garrafas, os jornais velhos e outros despojos. Assustei-me à distância. As coisas, os grandes contentores azuis, estavam rodeadas de lixo por todos os lados. Pensei - os outros adiantaram-se, os contentores estão cheios... Aproximei-me a medo e espreitei - afinal, os contentores estavam menos que meios. O pessoal é que não esteve para se dar ao trabalho de colocar o lixo nos buracos respectivos. Os montes e sacos de tralha, ali, como no resto da cidade, foram atirados à balda... Alguém que trate disso.
Há-de haver sempre uma DREN, uma câmara, um Governo para culpar. Seja do que fôr.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

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E, para todos vós, uma bela canção de Natal (parece-me...):

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

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Árvore de Natal com prendas, presépio, gata e Lichtenstein.

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Os jornais publicaram fotos de Amy Winehouse em topless nas Caraíbas. Politicamente correcto seria condenar esta intromissão na vida privada da rapariga. Neste caso, vale a pena abrir uma excepção para constatar que, felizmente, Amy está bem mais saudável do que rezam algumas crónicas.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

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Hoje demorei duas horas a regressar a casa, em vez dos 30 minutos habituais. Carros por todos os lados, em todos os sentidos, em todas as posições. Coisas do dia 22 de Dezembro, rezam as estatísticas. Sem mais que fazer que esperar, entretive-me a observar os meus companheiros de infortúnio. Num carro, quatro professores em fase pós-avaliação, o trauma, o drama, a burocracia, estampados na cara. Mais à frente, um juiz (os juízes, ao contrário dos professores, nunca viajam em grupo). O rosto pesado, as olheiras, deixavam adivinhar horas e horas remexendo processos. Presume-se que, não por dentro, mas de um lado para o outro. Agora, com menos férias e com a independência ameaçada - como se sabe, a ameaça à independência dos juízes tornou-se endémica -, poucas alegrias lhes restam. Atrás de mim, dois pequenos e médios empresários, daqueles que investiram bué de dinheiro num negócio muito interessante, mas que, infelizmente, não interessa a ninguém. O tom alaranjado da pele destes compinchas não os deixa mentir - são pessoas em dificuldade. Num Mercedes topo de gama, última geração, um médico, distraído, carrega ainda o estetoscópio ao pescoço. Anda desanimado. Com os médicos é ciclíco. Quando é que os governos vão deixar de chatear os médicos? Desta vez é porquê, mesmo? Triste mesmo é aquele militar, num Volvo com uns anitos, mas muito bem conservado, a quem, garanto pelo aspecto, retiraram toda a dignidade nos últimos tempos. Percebe-se isso à distância, não os motivos. E há ainda um autocarro cheio de homens do lixo lixados com a vida. E uns agricultores que já pouco agricultam. E uns pilotos da TAP que ficam em terra. E hordas e hordas de gente desprezada, deprimida, incompreendida, e até mesmo alguns manéis alegres.
E todos, neste santo dia 22, aproveitam para fazer as últimas compras de Natal. Porque, como se sabe, a crise é grande. Uma crise que não se aguenta. Tão grande que o melhor mesmo é pegar no carro, encher o depósito e enfiar-se num centro comercial. Comprar, antes que os outros comprem o quinhão que lhes está destinado. Comprar tudo, menos a reserva para o reveillon num hotel do Continente, da Madeira, ou das Caraíbas. Isso não, que está tudo esgotado.

domingo, 21 de dezembro de 2008

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Depois da "maior manifestação de sempre", o "maior abaixo-assinado de sempre". Nada que não se resolva com o "maior manguito de sempre".

sábado, 20 de dezembro de 2008

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Como um filme... uma valsa triste, que é, afinal, um requiem. Brel, numa das mais belas canções que conheço. Orly.




Ils sont plus de deux mille
Et je ne vois qu'eux deux
La pluie les a soudés
Semble-t-il l'un à l'autre
lls sont plus de deux mille
Et je ne vois qu'eux deux
Et je les sais qui parlent
Il doit lui dire je t'aime
Elle doit lui dire je t'aime
Je crois qu'ils sont en train
De ne rien se promettre
Ces deux-là sont trop maigres
Pour être malhonnêtes

lls sont plus de deux mille
Et je ne vois qu'eux deux
Et brusquement il pleure
Il pleure à gros bouillons
Tout entourés qu'ils sont
D'adipeux en sueur
Et de bouffeurs d'espoir
Qui les montrent du nez
Mais ces deux déchirés
Superbes de chagrin
Abandonnent aux chiens
L'exploit de les juger

La vie ne fait pas de cadeau
Et nom de Dieu c'est triste Orly
Le dimanche
Avec ou sans Bécaud

Et maintenant ils pleurent
Je veux dire tous les deux
Tout à l'heure c'était lui
Lorsque je disais "il"
Tout encastrés qu'ils sont
lls n'entendent plus rien
Que les sanglots de l'autre

Et puis, et puis infiniment
Comme deux corps qui prient
Infiniment et lentement
Ces deux corps se séparent
Et en se séparant
Ces deux corps se déchirent
Et je vous jure qu'ils crient

Et puis ils se reprennent
Redeviennent un seul
Redeviennent le feu
Et puis se redéchirent
Se tiennent par les yeux
Et puis en reculant
Comme la mer se retire
Il consomme l'adieu
Il bave quelques mots
Agite une vague main
Et brusquement il fuit
Fuit sans se retourner
Et puis il disparaît
Bouffé par l'escalier

La vie ne fait pas de cadeau
Et nom de Dieu c'est triste Orly
Le dimanche
Avec ou sans Bécaud

Et puis il disparaît
Bouffé par l'escalier
Et elle, elle reste là
Coeur en croix, bouche ouverte
Sans un cri sans un mot
Elle connait sa mort
Elle vient de la croiser
Voilà qu'elle se retourne
Et se retourne encore
Ses bras vont jusqu'à terre
Ca y est: elle a mille ans

La porte est refermée
la voilà sans lumière
Elle tourne sur elle-même
Et déjà elle sait
Qu'elle tournera toujours
Elle a perdu des hommes
Mais là elle perd l'amour

L'amour le lui a dit
Revoilà l'inutile
Elle vivra de projets
Qui ne feront qu'attendre
La revoilà fragile
Avant que d'être à vendre

Je suis là, je la suis
Je n'ose rien pour elle
Que la foule grignote
Comme un quelconque fruit.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

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Ser professor sempre foi, para uma imensa maioria de licenciados nas mais variadas coisas, uma espécie de último recurso. Vai-se para a universidade, nem sempre para a área preferida, e depois, se não aparecer nada de melhor, há sempre uma escola que, com horários reduzidos, férias longas, ausências permitidas à fartazana, progressão na carreira garantida, está de portas abertas. Parece que há, agora, quem queira clarificar um pouco esta coisa... E, enquanto se armam em quase-missionários intocáveis, os ditos professores só pensam em sair dali. Com a autoridade de quem nunca esteve e sempre se sujeitou às regras do lado de cá, gostava de prevenir que isto, do lado de cá, não é pêra doce.

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Da adaptação que Cohen fez do poema de Lorca, e em que todos os versos são de uma beleza cortante, gosto especialmente deste:

On a bed where the moon has been sweating

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

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My mouth on the dew of your thighs

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Pequeño Vals Vienés
Federico Garcia Lorca / Leonard Cohen
Enrique Morente & Lagartija Nick


En Viena hay diez muchachas,
un hombro donde solloza la muerte
y un bosque de palomas disecadas.
Hay un fragmento de la mañana
en el museo de la escarcha.
Hay un salón con mil ventanas.

¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals con la boca cerrada.

Este vals, este vals, este vals, este vals,
de sí, de muerte y de coñac
que moja su cola en el mar.

Te quiero, te quiero, te quiero,
con la butaca y el libro muerto,
por el melancólico pasillo,
en el oscuro desván del lirio,
en nuestra cama de la luna
y en la danza que sueña la tortuga.

¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals de quebrada cintura.

En Viena hay cuatro espejos
donde juegan tu boca y los ecos.
Hay una muerte para piano
que pinta de azul a los muchachos.
Hay mendigos por los tejados,
hay frescas guirnaldas de llanto.

¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals que se muere en mis brazos.

Porque te quiero, te quiero, amor mío,
en el desván donde juegan los niños,
soñando viejas luces de Hungría
por los rumores de la tarde tibia,
viendo ovejas y lirios de nieve
por el silencio oscuro de tu frente.

¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals, este vals del "Te quiero siempre".

En Viena bailaré contigo
con un disfraz que tenga
cabeza de río.
¡Mira qué orillas tengo de jacintos!
Dejaré mi boca entre tus piernas,
mi alma en fotografías y azucenas,
y en las ondas oscuras de tu andar
quiero, amor mío, amor mío, dejar,
violín y sepulcro, las cintas del vals.

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Viver enlouquece

Reparei que alguns blogues se vangloriam agora de estarem em não-sei-que-lugar de um novo top. Fui ver. Começo a ter sérias dúvidas de que tenhamos salvação.

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Dizer mal dos bancos é do mais in que há. E então à esquerda... Diga-se de passagem que os tais dos bancos também se puseram (e ainda põem, ainda põem...) a jeito. Não posso por isso deixar de saudar o sentido de humor do BES. Há vários meses que permite, na imaculada pedra branca da sua agência do Conde Barão, em Lisboa, este fabuloso graffiti:

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

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Escolher uma única canção, de vida, de amor, canção apenas, uma única, é coisa que não faço. Mas esta tem uma série de coisas, muitas coisas mesmo, de que gosto muito. Tanto.

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Eh pá, desculpem lá. Eu disse "esquerda"? Nããã... eu queria dizer "esquerdas". É assim que agora se diz, conforme esclareceu Joana Amaral Dias.
O momento é histórico. Antes, havia a esquerda, no singular, que tinha três partidos (PC, PCP e BE). Agora, há as esquerdas, no plural, que só tem um partido (BE). E ainda dizem que a matemática não é uma das mais belas formas de poesia.

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O Manuel Alegre está na SIC. Acho que bate o Louçã por KO - diz "esquerda" muito mais vezes. E agora acaba de dizer que o Orçamento do Estado tem pouco dinheiro para a promoção e a difusão da língua portuguesa. Estou impressionado! Ah... é verdade, e falou da Grécia. Ah, a Grécia...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

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Isto começa a ser preocupante - os assuntos sobre os quais não tenho nada, mas mesmo nada, a dizer. Por exemplo, o Manuel Alegre e o forum da verdadeira esquerda. O que era mesmo aquilo!?

domingo, 14 de dezembro de 2008

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

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Intimissimi, Nokia E71, BMW 5

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Intimissimi, Nokia E71, Fiat 500

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

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Mais canções de amor? Ora deixem-se disso... Gajas. Gajas é que é!

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Hoje, deu-me para espreitar o Louçã na Judite. O homem tem uma obsessão - tirar a maioria absoluta a Sócrates. E, nos cinco minutos que aguentei, disse "esquerda" 84 vezes. O Luís M. Jorge, presumo, a esta hora ainda está em transe.

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Aconteceu mesmo agora. A ministra da Educação é rodeada pelos jornalistas à entrada para uma reunião. Após responder, durante uns minutos, a várias questões, a ministra, delicadamente, rompe o cerco e dirige-se para a reunião. A jornalista da RTP vira-se para a câmera e começa: A ministra não responde às questões dos jornalistas...

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Gosto destes momentos - Manoel de Oliveira faz 100 anos e eu não tenho nada a dizer. Nada.

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Não conheço nada mais alucinado que os diálogos entre Mário Crespo e Joaquim Aguiar. Nunca perco. Ontem, houve mais um.
[Ooops... falei cedo de mais. Estão mesmo agora a dar uns excertos de mais (!) uma entrevista a Medina Carreira...]

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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

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Era um crítico que se levava tão a sério, tão a sério, que só comprava obras por si próprio recomendadas.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

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Durante uns anos, frequentei uma profissão repleta de iluminados. De pessoas com espírito de missão. Uma profissão tão especial que até tem um Código Deontológico próprio (que poucos o levem a sério é assunto para outro texto...), que até reivindica para si própria imunidades especiais, que até se arroga o direito de não admitir ser escrutinada (não acreditem quando ouvirem o contrário...), que até inventou Provedores (com caixa alta...) para dormir de consciência anestesiada enquanto a populaça abre a boca com o arremedo de auto-crítica, que, enfim, até gostaria de ser pastoreada por uma Ordem porque uma Ordem é coisa de gente importante e mais importante que essa gente não há.
Penso que foi nesse caldo de cultura (!?) que cresceu a minha aversão a profissões com espírito de missão. Uma profissão é uma profissão. Sim, este texto é, essencialmente, sobre professores.

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Há uma semana que ando a passar a 70 (e às vezes mesmo a 80...) naqueles radares que dizem 50. Espero que a Polícia Municipal de Lisboa não se importe.

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Antes de se tornar politicamente desinteressante (eh, eh...), FNV escreveu a melhor série da blogosfera doméstica. Pena eu não ser nem jornalista, nem lisboeta, nem ter partido, nem ser engraçado, nem nada, só para ir a Coimbra contrariá-lo.

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A perfeição, é certo, não existe, minha amiga. Mas é algo que se deve almejar (oh... vocês sabem lá o que me apetecia escrever esta palavra...).
[Ainda a tempo: a avaliar pelo que se escreve nos comentários, não falta quem almeje].

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

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Foi com algum espanto (enfim, o possível, que uma pessoa já pouco se espanta...) que li alguns comentários inflamados (especialmente à esquerda) acerca das últimas sondagens. Como se o diminuto elevador das décimas que sobem e décimas que descem pudesse mudar radicalmente alguma coisa. Vale a pena, por isso, ler este texto [O espanto com as sondagens apenas prova que muita gente vive na lua]. A começar pelo fim.

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O slogan deste Inverno:

Adoptemos o Metro!

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pssst... vai um segredo? é natal, pois!




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Love songs, love stories.

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domingo, 7 de dezembro de 2008

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Gostava de ser um melhor leitor.

sábado, 6 de dezembro de 2008

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ainda as canções de amor...

conheço várias versões desta canção (até da Celine Dion... brrrggg). mas esta, de Johnny Cash (encarecidamente vos peço que não vejam o vídeo completamente despropositado; ouçam apenas a canção, de preferência às escuras...), vai onde poucas, muito poucas, canções chegam. não apenas pela interpretação do grande Cash, mas também pela produção de Rick Rubin (a presença do órgão torna estes quatro minutos numa experiência pouco menos que mística).


sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

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Das minhas memórias secretas - todos temos pequenos e grandes gestos nas nossas vidas que raramente contamos, porque não fazem sentido na nossa biografia, ou simplesmente porque não calha - consta o transporte do material dos Rádio Macau de uma vivenda de Rio de Mouro para uma tenda na Praça de Espanha. A conduzir uma carrinha a cair de podre.

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Em 1978, Marvin Gaye (1939-84) divorciou-se de Anna Gordy (irmão de Berry, o fundador da Motown). Uma das cláusulas do acordo de divórcio previa que Anna recebesse parte dos lucros da venda do próximo disco de Marvin. Contrariado, a princípio, Marvin Gaye acabou por gravar um extenso relato em que exorcizava a separação. O disco chama-se Here, My Dear, foi reeditado este ano e dele faz parte esta When Did You Stop Loving Me, When Did I Stop Loving You.

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Outra?

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Quereis uma canção de amor?

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Não, não consigo escolher uma canção de amor. Ou de desamor. Conseguiria, com tempo e paciência, encher um CD delas. Mas de uma coisa tenho a certeza, muitas seriam da linhagem da grande música negra - dos blues, R&B ou soul. E dos derivados que se lhe seguiram ao longo de décadas. É aí que a música mais desesperada se alia às palavras mais sinceras para fazer as mais belas e dolorosas canções.

















Já agora, vale a pena esperar por este filme.

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Noto que em alguns blogues se tenta encontrar a melhor canção de amor de sempre. A tarefa é interessante, pelo menos mais interessante que discutir as múltiplas crises que nos atormentam, mas que, na realidade, ainda ninguém viu.
Tem, pois, potencial lúdico, o que implica admitir à partida a impossibilidade de lá chegar.
Desde logo, as canções de amor (as outras também, mas as de amor ainda mais...) não existem isoladas. Elas dependem de contextos - da cultura e sensibilidade de quem as ouve; das circunstâncias em que são ouvidas.
Depois... o que é uma canção de amor? Assim às primeiras, consigo distinguir três categorias: as canções de amor propriamente ditas, as canções sobre o amor, e as canções de desamor (que inclui tudo o que tem a ver com o amor que acaba, que não se concretiza, que parte a alma...) Esta última categoria é, de longe, a mais produtiva e é, também, aquela onde se encontram as melhores canções. E, por paradoxal que pareça, é entre as canções de desamor que encontramos as melhores canções de amor. Confuso? Pois é...

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A legitimidade dos sectores não pode impedir a legitimidade democrática. A prevalecer alguma coisa, tem que ser a legitimidade resultante do voto. Seria mau que terminássemos isto de uma forma negativa, onde tudo parou mais uma vez, onde nada acontece.

Jorge Sampaio, Jornal de Negócios, 5.12.08, sobre o conflito professores/Governo.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

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Por falar em Britney... a Rolling Stone, além de lhe dedicar a capa, disseca o comeback e mostra as 69 fotografias da vida dela.

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Nos últimos tempos, quase todos os dias ouço na televisão frases deste tipo:
"A terminar este noticiário, dizer-lhe que...".
Não percebo... Que raio de regra gramatical rege uma coisa destas?

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Concordar com João César das Neves. Ao que uma pessoa chega...

A nossa imprensa traz pouca informação. Muita análise, intriga, provocação, boato, emoção, combate, mas pouca informação. O público não quer jornalismo, quer entretenimento. Para ter sucesso o repórter precisa de ter graça, ser espirituoso, ver o aspecto insólito. Assume uma atitude de suposta cumplicidade com o leitor, ouvinte ou espectador desmontando para gáudio mútuo o ridículo que achou que devia reportar. Antecipa no relato o que assume ser o veredicto popular, condenando ou absolvendo aqueles que devia apenas retratar.

Relatar o sucedido é o que menos interessa. O jornalista vai ao evento para impor a agenda mediática que levou da sede. A inauguração de um projecto revolucionário, por exemplo, só importa pela oportunidade de fazer a pergunta incómoda ao governante sobre o escândalo do momento. Investimentos de milhões, trabalho de multidões, avanços e benefícios notáveis são detalhes omitidos pela intriga picante que obceca o periódico.

O mais curioso é que, embora a imprensa escrita e falada seja intensamente opinativa, nunca se assume em termos políticos. Não existe em Portugal o alinhamento ideológico explícito de jornais e emissoras de referência que existe em todos os países. O público não é informado da orientação do meio que escolheu, porque todos dizem apenas a verdade. Todos os repórteres têm opinião, mas todos são isentos de orientações e partidarismos. Os resultados são caricatos.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

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A 17. Durante largos minutos, a Lua dançou com Vénus e Júpiter.
[e perguntas tu para que serve um blogue?]
--> imagens aqui.