segunda-feira, 30 de março de 2009

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[a 27 de Abril chega o resto]



[a audição integral de algumas canções neste serviço imeem exige pré-inscrição. é fácil, é grátis e, como algumas vacinas, só é necessário fazer uma vez]

domingo, 29 de março de 2009

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Fear Is A Man´s Best Friend

sábado, 28 de março de 2009

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A FHM, desde que descobriu as delícias do Photoshop não quer outra coisa. A Playboy estreia-se com esta coisa pavorosa. Passa-se algo de errado com as mulheres portuguesas. Ou com os homens...

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Portugal, comovido, agradece.

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Há uns meses, eram uns directores de jornais e uns jornalistas. Andavam a ser pressionados.
Agora são os magistrados, os juízes, se calhar, os investigadores. Andam a ser pressionados.
Decididamente, vivemos num país de virgens!

quinta-feira, 26 de março de 2009

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Dou comigo, por vezes, a pensar que vale sempre a pena viver, nem que seja para ouvir aquela canção que ainda está por escrever, por cantar. Garantem-me que no Céu se ouvem anjos o tempo todo, que no Inferno actua todas as noites a Céline Dion e que o purgatório está cheio de juke-boxes maradas. Faço questão, por isso, de ouvir tudo o que posso, enquanto posso, como que na busca incessante de um tesouro ainda por polir. Como em todas as buscas, parte da corrida é circular e é assim que não abdico das minhas obsessões. Mas, também como em todas as buscas, tropeço em pedras e pedrinhas inesperadas. Coisas de encantar. De apaixonar. Por exemplo, agora ouço em intenso repeat o novo disco de Lisa Ekdahl, sueca pela qual não nutria até aqui especial simpatia - aquela vozinha, irra... Mas eis que a moça se deixou de bossas e jazzes delicodoces. E o resultado ouve-se assim:



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"A ideia de que a frente do rio é um jardim é uma ilusão. Há um porto e o porto faz parte da paisagem da cidade e não é parte a ignorar", disse Siza Vieira aos jornalistas quando questionado sobre o projecto de ampliação do terminal de contentores de Alcântara.
O arquitecto afirmou não ter uma "opinião formada" sobre o projecto e a pertinência da localização em Alcântara, mas defendeu que a "vida do porto" é "uma coisa muito interessante numa cidade".
Sobre as dimensões do terminal, Siza Vieira considerou que o facto de "tirar as vistas" sobre o rio é inerente ao conceito de cidade.
"Uma cidade existe porque há coisas que tiram a vista a outras, se não, não havia cidade", afirmou.

[notícia Lusa]

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Ainda não percebi. Alguém me sabe esclarecer se este gajo sempre vem a Portugal este Verão?

quarta-feira, 25 de março de 2009

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Nos 500 metros que todos os dias faço na Radial de Benfica ao cair da noite, senti hoje um forte odor a flores. Mimosas? (talvez disparate...) É Março ainda e o vento entra pela janela a 80 quilómetros/hora, como se de uma noite de Verão se tratasse. Mas aquele intenso odor a flores...
Acho que é, portanto, Primavera. Talvez daí o cansaço extremo que me percorre, mais por dentro que por fora.
As coisas que uma pessoa inventa para justificar o cansaço de uma vida filha da puta. Até a Primavera serve!

terça-feira, 24 de março de 2009

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a vozinha infantil de lisa ekdahl no registo bossa-jazz nunca me entusiasmou. de resto, o registo bossa-jazz sucks...
o novo disco, todo ele indie-folk, é por isso uma agradável surpresa. no youtube só ainda há isto. mas o disco tem melhor. fica para depois.

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Não gosto de futebol. Nutro pelo mundo do futebol um antigo, profundo e reforçado desprezo.
Mas levo com futebol a toda a hora. Principalmente com o que se joga fora do campo.
Esta história do árbitro-que-não-sei-o-quê que ocupa todos os espaços televisivos é um bálsamo - permite-me entender que a loucura é generalizada, mais funda, e que não se circunscreve ao pequeno mundo em que circulo. Isso deixa-me bastante aliviado. Coloca-me os meus problemas em contexto.

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sms

João. Ele está de volta! 30 de Julho no Pavilhão Atlântico :) beijo

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«Sonho antigo. Estar na aldeia com uma bela mulher - Greer Garson ou Lana Turner - e levar uma vida simples e perversa. Coisas passadas. Já não pensas nisso.
Cesare Pavese, 10. Out. 48

segunda-feira, 23 de março de 2009

domingo, 22 de março de 2009

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A Rolling Stone decidiu fazer uma lista das 100 pessoas que estão a mudar a América. Muito interessante:
We've ranked 100 artists and leaders, policymakers, writers, thinkers, scientists and provocateurs who are fighting every day to show us what is possible — whether it's engineering a new electrical grid, reinventing the way movies are made or challenging us to let go of our illusions and face the brave new world that stands before us. This list is not necessarily about power in the old-fashioned sense but about the power of ideas, the power of innovation, the power of making people think and making them move.

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Acho que quando o mundo acabar vai ser assim: ligamos a TSF e só se ouvem "pessoas a falar espanhol"... e depois o resto vocês adivinham.

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O código genético já existia. Coisas das Europas e de África que se concentraram na América. Faltava pegar nas peçazinhas de ADN e ir fazendo cadeias. Os anos de 66/67 foram simplesmente mágicos. Como mágicos foram os de 68/69, mas aqui já entre a euforia e a tragédia. A experimentação dos limites. Em 66/67, não. Estávamos ainda na pura inocência da descoberta. Por exemplo, este It Takes Two, gravado por Marvin Gaye e Kim Weston, precisamente em 66. Puro código genético. Conhecem alguma canção posterior em que isto não esteja lá?



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Há muito que as coisas para aí caminham, um pouco por todo o lado. Mas nos últimos tempos, entre nós, tudo se tem precipitado. Instalou-se no sistema mediático português uma barbárie que lhe é, em grande parte, anterior. Ou seja, o sistema mediático está claramente disfuncional, mas o problema é mais vasto, precede-o. É uma questão de cultura, de civilização.
O que me espanta, no comezinho dia-a-dia, não é tanto o atropelo constante, persistente, normalizado, das mais elementares regras do jornalismo, mas sim o caldo de cultura de que tudo isso resulta.
Para quem faz parte do sistema, a interrogação diária, permanente, não pode deixar de ser: "como lidar com isto?" Como participar nesta babel de barbárie sem perder a alma, sem perder o respeito por si próprio?

Por exemplo, vale a pena analisar, abordar, desmentir, de acordo com as regras normais destas coisas, um noticiário inteiro feito completamente à revelia das regras universalmente estabelecidas?
Como lidar com as evidentes contaminações dessa maneira de fazer as coisas que se sentem um pouco por todo o lado?

Ou isto

Que, pelo menos, uma equipa de “criativos”, um actor, uma jornalista, um director criativo numa agência, responsáveis numa agência de meios, chefias intermédias e administradores de uma empresa pública tenham participado no processo que produziu o vídeo de que se fala e que ninguém tenha tido um – ainda que ligeiro – assomo de indignação democrática. Mostra bem como o que nos separa da cultura anti-democrática é uma pequena película. Tão pequena que temos dificuldade em vê-la.

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Lisboa, traseiras, 24 Mar. 09

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«Por vezes parece que as coisas serão assim: tu tens tal tarefa a cumprir, dispões de tantas forças quantas são necessárias para a levar a bom termo (nem muito, nem pouco, sem dúvida te é necessário concentrares-te, mas não tens que estar ansioso), com bastante tempo teu e boa vontade para ao trabalho, onde está o obstáculo ao êxito da imensa tarefa? Não percas tempo a procurá-lo, talvez não exista.»

Franz Kafka, Páginas Íntimas

sexta-feira, 20 de março de 2009

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Porto 20 Mar. 09

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Estamos naquela zona da montanha russa em que os carris - pensamos nós... - vão soltar-se irremediavelmente. Há gritos, braços no ar, sufoco. Ainda não sabemos - certezas só mesmo quando pusermos os pés em terra firme - que tudo acaba bem.

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Porto, 20 Mar. 09

quarta-feira, 18 de março de 2009

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a propósito de pais e filhos, conversas complicadas, crescer...



[esta é uma das melhores versões que conheço desta canção. nova iorque, 2006]

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Hoje - aleluia! - consegui regressar a casa um pouco mais cedo.
E constatei que, por todo o bairro, repete-se a cena que tenho visto da minha janela. Há grupos de operários um pouco por todo lado, normalmente com uma carrinha ao pé, às vezes um buraco no chão, às vezes em cima de uma escada encostada à parede...
As carrinhas têm nomes de empresas que não conheço - devem ser pequenas ou médias... - embora em alguns locais se veja o dístico "Ao serviço da PT".
Amanhã, vou tentar meter conversa com o grupo que está aqui ao fim da rua desde a semana passada. A ver se passam o teste - serão cabo-verdianos ou ucranianos?
Hummm... ou muito me engano, ou aqui no meu bairro está a acontecer uma coisa um pouco bizarra - um investimento de proximidade. Ele há com cada coisa...

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O Pedro Adão e Silva criou o Léxico Familiar. Opinião informada e bom gosto, obviamente.

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Anda por aí mais uma civilizada discussão sobre um grupo de alunos ciganos, desculpem, de "etnia cigana", que estão a ter aulas num contentor, separados dos restantes. Todos os dias há versões contraditórias, nomeadamente acerca da autorização (ou não) da tal "comunidade cigana" para tal procedimento.
Entretanto, na zona de Aveiro, uma aluna de 13 anos agrediu com violência uma professora. As notícias, cumprindo todos os requisitos da deontologia, omitem a "etnia". Percebi hoje que havia uma "etnia" quando vi umas fotos num jornal.
Sei que não será politicamente correcto dizê-lo, mas parece-me que, no caso de algumas "etnias", o principal esforço de integração tem de ser feito por elas e não pelas outras... "etnias?"

terça-feira, 17 de março de 2009

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A Motown, pois. Mas a Stax... oh, a Stax!

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segunda-feira, 16 de março de 2009

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Há uns tempos procurei, muito a sério, uma foto de Nobuyoshi Araki que tinha visto e de que perdera o rasto. Tropocei nela hoje. Infelizmente é "impublicável". Melhor - não sei como publicá-la. Agora.
Por uma coincidência que não sei explicar, a redescoberta aconteceu pouco depois de ver uma referência a Nobuyoshi aqui. E de ter lido sobre o japão em caixa baixa aqui. E nada disto tem a ver com nada, ou sequer com a foto. Qual foto? Talvez um dia...

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Together Through Life é o título do novo disco de Dylan (27 de Abril).
Mais uma demonstração de que o velho é sábio. Ou, in his own words: These new songs have more of a romantic edge.

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Com que então querias uma revolução? Eh eh...





The legendary, unreleased "Revolution 1 (Take 20)" has surfaced. Mark Lewisohn tells us in The Beatles Recording Sessions that this take (#18, revised to #20 after overdubs) was the first track recorded for The White Album, begun on May 30, 1968. Takes 1-17 were shorter, more conventional versions of the song, but #18 (the take edited for inclusion on the album) went on for over 10 minutes, dissolving into chaos and inspiring the infamous "Revolution 9" - which used some of this track's sounds, effects & voices (like Yoko Ono's familiar "you become naked"). Is it real? Knowledgeable die-hards think so... and it sounds great.

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O "Magalhães" é o maior assassino da leitura em Portugal, António Barreto, revista Ler, Março de 2009.

Quando eu era puto, passava os invernos dentro das lareiras dos meus avós. Vocês, se calhar, não estão a ver - eram daquelas lareiras enormes, que começavam no chão, iam até ao tecto, e dentro das quais cabia a família toda à volta da lenha que crepitava.
Pois eu, o que gostava nesses invernos era de me meter na lareira a ver a lenha crepitar, a adivinhar os sulcos de fogo que cada tipo de madeira desenhava. Não havia televisão, nem sequer havia luz eléctrica. Só o crepitar aconchegador da lenha.
Naquele tempo, a lareira era o maior assassino da minha leitura. E olhem que já tinha mais que idade para o Sandokan.
Os livros vieram mais tarde, e não, não li nem o Hegel, nem o Camus, nem o Sartre antes de tempo. Nunca li o Guerra e Paz (hei-de ler, digo eu, talvez noutra lareira...). Mas li muito daquilo de que ainda gosto muito - o Eça, os americanos (Mailer, Miller, Fitzgerald...), o Moravia, o Lampedusa e mais uma data deles. Até os calhamaços de uma edição lux dos Miseráveis (talvez tenha sido atraído, precisamente, pelos dourados da capa de um livro chamado Miseráveis...).
Não sei quando comecei a ler assim. Sei que já não havia lareira, essa assassina.

domingo, 15 de março de 2009

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A Motown comemora por estes dias 50 anos de existência. E as lojas enchem-se de discos comemorativos. Aproveite quem puder. Sem a Motown, o mundo seria muito, mas muito, mais triste. Por exemplo, há lá coisa mais bonita de se dizer que "sugar pie, honey bunch..."?


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Admiro a harmonia, a poesia até, com que o Fisco actua.
Estou a tratar dos papéis do IRS a ver se saco algum para pagar o imposto da casa em Abril. A segunda parte do imposto da casa, em Setembro, há-de ser paga com o subsídio de férias.

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Professores dizem estar a virar técnicos informáticos

Aprender sempre até morrer.
Um lema antigo que os tempos modernos actualizaram. Aprender sempre até morrer.
Um lema que se aplica a toda a gente, menos aos professores portugueses. Parece que até o básico Magalhães lhes mete confusão. Lembro-me que tiveram o mesmo problema quando se passou da ardósia negra e do giz para o quadro branco e o marcador.

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O Sonho Americano
(às vezes o nosso sonho, às vezes o nosso pesadelo)

sábado, 14 de março de 2009

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Os jornais de sábado são um problema. Basicamente, são muitos. O que, de alguma forma, os incompatibiliza com os dias de Primavera antecipada com que estamos a ser brindados.
Mesmo assim... hoje comoveram-me especialmente duas histórias.
No Sol, a manchete: "Teixeira dos Santos vai substituir Constâncio" [note-se que o mandato do segundo só acaba em... 2011, e que, pelo meio, ainda há eleições].
No Expresso, revela-se, também na primeira página, mas mais discretamente, que "D. Afonso Henriques afinal é de Viseu", uma "notícia" que seguramente terá enchido de alegria o coração de todos os viseenses.
Pela parte que me toca, dormirei um pouco mais descansado esta noite - dois dos maiores mistérios da Humanidade foram revelados neste sábado, 14 de Março de 2009. Um grande bem haja!

sexta-feira, 13 de março de 2009

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Desperate female singers...



[As listas que estão por baixo são catitas...]

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muito provavelmente, a Terra até já teria deixado de rodar!

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Mário Crespo começou hoje o seu manuelamouraguedesciário com um espanto aderente, mas bem encenado, acerca do piquenicão liderado por Jerónimo de Sousa que invadiu a cidade durante a tarde. E depois, numa daquelas tiradas demagóg... perdão, dramáticas, manifestou a sua pena por não podermos ouvir as razões de cada um dos 200 mil - disse ele - que lá estiveram. E foi aí que dei graças a Deus por a comunicação social portuguesa ter as vistas curtas. Imaginem que o Crespo, num rasgo de criatividade que não lhe estranharíamos, lhe dava para querer ouvir os 9 milhões e 800 mil que lá não estiveram!

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O Correio da Manhã decidiu pagar um espaço diário ao senhor João Pereira Coutinho na sua última página. Apropriadamente, o senhor João Pereira Coutinho chamou-lhe "A Voz da Razão". Pergunto: a quem interessam as involuções do umbigo do senhor João Pereira Coutinho?

quinta-feira, 12 de março de 2009

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Os Rilo Kiley são uma obsessão. Nada a fazer.
Este vídeo, de 2001, retrata a banda ainda completamente indie. Tão bom...

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Outra coisa que me irrita
são aqueles senhores das editoras discográficas que passam a vida a ameaçar as pessoas que fazem downloads de músicas da internet.
Eu acho um roubo pedirem-me vinte e tal euros por um disco com edição mundial - fabricado aos milhões. E não, não me venham com a ideia de que os preços são altos para compensar a pirataria. Os preços já eram altos antes da pirataria.
E depois há uma coisa que me irrita particularmente - a moda das edições deluxe, expandidas, whatever... Uma pessoa compra o disco e depois, passadas umas semanas, vê à venda uma edição com canções extra. O que faz? Compra novamente? Ora batatas...
Exemplo: comprei o disco dos Last Shadow Puppets. Tem 12 canções. Agora saiu uma edição com um segundo disco - versões acústicas, ao vivo... Volto a comprar? Isto é imoral, meus senhores

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I'm only a woman
Of flesh and bone
And I wept much
We all do
I thought I might die alone
But I had never (x11) met you
So baby be good to me
I've got nothing to give you, you see
except everything, everything, everything, everything
All the good
And the bad

Cause I've been bad
I've lied, cheated, stolen, and been ungrateful for what I had
And I'm afraid habits rule my waking life
I'm scared
And I'm running in my sleep
For you
But all of the oceans and rivers and showers will wash it all away
And make me clean
For you

Cause I had never (x15) met you

So let's take a loan out
Put it down on a house
In a place we've never lived
in a place that exists
In the pages of scripts and
the songs that they sing
And all the beautiful things
That make you weep but
Don't have to make you weak
Cause I never (x27) loved somebody
The way I loved you.

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Eu, que sou pouco dado a irritações, ando com duas, pequenitas, de que vos quero dar conta.

Irritam-me, por exemplo, aquelas pessoas que são assaltadas e que vão para a televisão exigir que o Estado tome medidas para as proteger. Não falo, é claro, de todas as pessoas.

Por exemplo, hoje era um senhor dono de uma farmácia de serviço permanente que foi assaltada. Às vezes, são donos de ourivesarias, ou então os proprietários de gasolineiras, ou pessoas que passam à porta de bancos acabadinhos de assaltar.

Todas as actividades exigem uma quantidade de requisitos, naturais, digamos assim, ou mais recentes, tendo em conta as condições da sociedade em que vivemos.

Por exemplo, há uns tempos muita gente ficou admirada com as acções da ASAE nos restaurantes. Ora, parece-me, que quem abre um restaurante sabe, de antemão, que a higiene e a observação de um determinado número de regras sanitárias faz parte do negócio. Tem que contar com isso quando se lança na coisa.

O mesmo com actividades como os bancos, as gasolineiras, as farmácias, as ourivesarias (e haverá outras). São actividades que, em regra, dão lucros fabulosos. Da sua estrutura de custos tem de, obrigatoriamente, fazer parte a segurança. Digamos que é condição inerente a este tipo de negócios a existência de condições acrescidas de segurança.

O Estado deve assegurar condições de segurança à generalidade dos cidadãos. É normal que aqueles que optem por actividade que exigem condições de segurança extraordinárias estejam dispostos a pagá-las. Evidente, parece-me.

[Desculpem a irritaçãozinha. A outra fica para depois...]

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Das muitas coisas do meu passado, uma da que menos recordo foi a participação, durante dois anos, na direcção do Sindicato dos Jornalistas. Um erro de casting...
Essa direcção era presidida por João Mesquita, que morreu hoje, aos 51 anos. Tínhamos pouco em comum. Recordo dele uma afável cordialidade e uma enorme seriedade, coisas tão raras nos tempos que correm. O João não merecia a forma como foi destratado profissionalmente nos (muitos) últimos anos de carreira.

quarta-feira, 11 de março de 2009

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DN 11 Mar 09

O "democrata"

A democracia, como se sabe, é o melhor sistema para governar os povos. Desde que, é claro, os resultados eleitorais coincidam com a nossa vontade. Caso contrário, a vontade da maioria é "um jogo de antemão falsificado".
Que se escreva uma bestialidade destas e se tenha o dislate de continuar a aparecer em público a cagar sentenças sobre os outros - eis o que espanta!

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Frases que impõem respeito ©

«Não é pensável que o Manuel Alegre faça o que tem feito sem levar um chuto

segunda-feira, 9 de março de 2009

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Springsteen's handwritten lyrics to "Born In The U.S.A."
Courtesy of the Rock & Roll Hall of Fame Museum

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Sarkozy foi de visita oficial ao México e aproveitou para mostrar as pirâmides à Bruna (sim, este é um blogue... hum... machista). Caiu - como dizem os franceses - o Carrmô e a Trrindade... O bling-bling é das coisas mais universais que há.

domingo, 8 de março de 2009

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Scrabble de domingo à tarde

"PS não está a medir o grau da revolta, está a iludir-se com as sondagens".
[Helena Roseta, DN/TSF, 8-3-9]

"Sondagens não estão a medir grau da revolta, estão a iludir-se com o PS"

"Revolta não está a medir o grau do PS, está a iludir-se com as sondagens"

"Sondagens não estão a medir o grau de PS, estão a iludir-se com a revolta"

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sexta-feira, 6 de março de 2009

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«Se a lei deixasse candidatava-me às legislativas como independente, Manuel Alegre, in Expresso, 07.03.09

A lei, esse inultrapassável obstáculo à vaidade... perdão, à liberdade.

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Amanhã é sábado. Infelizmente não tenho sábados de ronha, nem domingos, nem segundas...
Obrigado, Miguel.

quinta-feira, 5 de março de 2009

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... a fotografia com passarinhos que está aqui em cima é do concurso da sony e aqueles não são os meus pés ... twitter sucks ... hoje, escrevi no perfil No Blogger desde 25 de Junho de 2003 ... a canção dos Puppets é de 2008, mas só hoje descobri a capa do single ... já tinha gostado da capa do CD e acho que a miúda é a mesma ... sou um esteta, no fundo, acho eu.

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John Lennon takes a break backstage in the locker room at JFK Stadium in Philadelphia (1964), Photograph: Bob Bonis

Mick Jagger struts around poolside at the Jack Fort Harrison Hotel, Clearwater, Florida (1965), Photograph: Bob Bonis

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Há três, quatro anos, passava os meus dias entre jornalistas. Hoje, passo os dias "do outro lado" dos jornalistas.
Constato que digo hoje o mesmo que dizia há quatro, cinco anos, acerca do exercício do jornalismo e das relações dos jornalistas com o que os rodeia, a matéria-prima da sua razão de existir.
É isso que me permite manter a consciência completamente tranquila, seja quando me olho ao espelho, seja quando olho para trás. O mesmo sentimento. Tenho blogues desde Junho de 2003, que não me deixariam mentir.
Mas isso, que é motivo da minha satisfação, nada, mas mesmo nada, abona a favor do jornalismo.

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Do relativismo (2)
«Cinco dias depois do assassínio de Nino Vieira, continuam a surgir versões distintas sobre como morreu o Chefe de Estado guineense.
O escritor britânico Frederick Forsyth, que chegou a Bissau no domingo, assegura que Nino teve uma morte "lenta e bárbara". Em declarações à BBC, Forsyth afirmou que o presidente "foi ferido numa explosão, atingido com tiros e cortado em pedaços com golpes de catana".
"Eles entraram na casa do presidente Nino e lançaram uma bomba pela janela. O telhado ruiu e ele ficou ferido. Tentou levantar-se e foi baleado, mas não mortalmente. Foi então que eles o cortaram em pedaços", afirma Forsyth, que obteve as informações durante um jantar com um perito que acompanha as investigações. Refira-se que o escritor se deslocou a Bissau para fazer pesquisas para um novo livro.
A versão avançada por Forsyth é uma de entre muitas contadas em Bissau. O jornal cabo-verdiano ‘A Semana Online’ faz eco de uma delas, segundo a qual Nino terá sido "degolado à maneira balanta, etnia do general Tagma Na Waie", assassinado no domingo. Há uma outra que refere que deceparam as mãos do presidente. Por outro lado, o CM contactou uma fonte castrense em Bissau segundo a qual Nino foi golpeado à catanada depois de morto.

quarta-feira, 4 de março de 2009

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Do relativismo

É claro que há sempre a hipótese de estarmos a levantar dinheiro no multibanco de uma estação de serviço e levarmos com um carro desgovernado em cima.

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Livraria Portugal, fachada que confina com o Elevador de Santa Justa, hoje.

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Este post de JPP é muito interessante.

Este site também é muito interessante!

terça-feira, 3 de março de 2009

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Uma pessoa passa hoje os olhos pelos jornais, pelas televisões, pelos blogues e só pode concluir que o consumo de uísque deve ter disparado nas últimas semanas, ou então alguma mosca do deserto está a corroer lentamente o discernimento das gentes. O desvario é total. A baboseira generalizada. A parvoíce a moeda de troca para emitir opinião. Como escreveu um dia um desses, que não me apetece nomear, "sopram ventos de loucura"...
Que a lucidez comece a ser um bem escasso, eis a nossa tragédia.

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Rescue workers are searching for three people believed to be missing after a building collapsed in the German city of Cologne, officials have said.
The archive building dated from the 1970s and contained 65,000 original documents, some of them dating back more than 1,000 years.


E se fosse em Portugal - e não na super Alemanha?
Teríamos os abutres a sobrevoar a Pátria desmazelada, que nem o seu passado sabe preservar. Teríamos as hienas a uivar, exigindo um sonoro rolar de cabeças. A começar pelos blogues que, como se sabe, são hoje o último reduto de liberdade, num país rigorosamente vigiado, claustrofóbico, em que as televisões e os jornais não podem mais que obedecer.

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A me no me piace prostituzione intellettuale. No me piace... Me piace l'onestà intellettuale.
Negli ultimi giorni, una grandissima manipolazione intellettuale, grandissima,

grandissima
Per 91 giorni sono capace di fare una conferenza stampa medioevale.
Io parlo con la stampa perchè sono obbligato.


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domingo, 1 de março de 2009

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Projectos de vida (série esdrúxula)

Correr a maratona. No mínimo, uma daquelas meias numa ponte de Lisboa.
A maratona como metáfora da vida. Andamos todos muito entretidos com os cem metros barreiras. Divertimo-nos imenso a passar o testemunho nas estafetas. Mas a vida, como eu gostava de a viver, é uma maratona. Meia, vá lá.

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Life - you know, all this disgusting glory - goes on.

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[a audição integral de algumas canções neste serviço imeem exige pré-inscrição. é fácil, é grátis e, como algumas vacinas, só é necessário fazer uma vez]

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Passei pelas televisões e lá estavam eles, os comentadores de serviço. O horror, a vergonha, a demagogia... Sócrates aproveitou o Congresso para politizar o caso Freeport. Saí para confirmar nos jornais - o caso Freeport está em todas as secções de Política. Sendo que, segundo a única autoridade que o pode afirmar (a PGR), na lista de suspeitos não existem políticos. Estou esclarecido. Agora vou à minha vida.