quarta-feira, 26 de agosto de 2009

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Santarém, 25 de Agosto de 2009

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

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Férias Verão 2009. Garantiram-me que havia praias sob as calçadas...

sábado, 22 de agosto de 2009

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O desmoronamento em Albufeira lá merece o habitual cortejo de disparates, imprecisões, precipitações, maluqueiras e outras coisas impróprias para consumo tão próprias dos nossos media.

Há, porém, duas menções honrosas a destacar:

- o gráfico que o Correio da Manhã publicou e que resulta, seguramente, de uma alucinação de quem o elaborou (não rolaram pedras da falésia e o desmoronamento nem sequer foi na falésia) - um exemplo de como um artifício pensado para mostrar o que não se pode descrever por palavras acaba por ser um elemento de forte deturpação da história. No mesmo jornal, uma entrevista com um cavalheiro identificado como "engenheiro civil e prof. universitário", que atribuiu o desmoronamento à deposição no cimo da falésia da terra proveniente de uma escavação ilegal para a construção de uma cave ilegal (!!!).

- já a capa do 24 Horas, só vista...

Uma das coisas que mais impressiona em relação à imprensa portuguesa é perceber como pode alguém - do mais anónimo cidadão ao mais poderoso dos poderosos - tomar decisões com base no que nela se publica.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

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A morte não tem muito que se lhe diga. Cinco pessoas estavam ontem à hora errada no sítio errado. Apenas isso. Quem percebe do assunto já explicou como estas coisas escapam à determinação humana.
Apesar disso, nos próximos dias vamos assistir ao obrigatório cortejo de especialistas em tudo e mais alguma coisa, que vão tentar encontrar razões, culpados, o diabo a sete. Sobre a construção na linha da costa, sabendo-se que aquilo se passou para lá da linha costa. Sobre a existência ou não de avisos, quando os avisos lá estavam. Sobre a necessidade de interditar, como se fosse possível interditar. Da precaução que não houve, porque nunca há, nem tem de haver, precaução tamanha - a vida é um risco permanente. Alguém há-de escrever - sempre alguém escreve - sobre o fado, o destino e a tragédia de sermos portugueses.
Depois, tudo volta ao normal. Só a morte não tem muito que se lhe diga.

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Eugénia, Margarida. As mulheres são um mistério. Felizmente.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

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Cara Eduarda M. Castro
Nas eleições de 27 de Setembro, a escolha de um primeiro-ministro, ou, se quiser, de um governo, está limitada a duas alternativas - José Sócrates ou Manuela Ferreira Leite. Eu sei que para algumas pessoas isto é difícil de engolir, mas esta é a realidade. Vê mais alguma hipótese?
Das mesmas eleições, apenas podem sair cinco governos: maioria absoluta PS; maioria absoluta PSD; coligação PSD/CDS para garantir maior absoluta; governo minoritário PSD; governo minoritário PS. Novamente, se tiver mais algumas sugestão, esteja à vontade...
As condições de governabilidade e durabilidade dos dois últimos cenários são escassas. E, obviamente, o cenário ideal para o PCP (e para o BE) seria um governo minoritário do PS. Não porque o PCP ou o BE estejam sequer disponíveis para influenciar a política de um governo desses, mas simplesmente porque esse seria o cenário ideal para alimentar a megalomania de que, representando por junto menos de 20% do eleitorado, a "Esquerda autêntica" pode governar Portugal (isto, é claro, no cenário lírico de que seria possível o entendimento interno desses 20%).
E é por tudo isto que não me parecem existir quaisquer dúvidas de qual deve ser o voto de quem quer um governo de esquerda - sem adjectivos, simplesmente esquerda - em Portugal.

[Eu sei que a Eduarda e o Vítor Dias não concordam com nada disto. E até conseguiria deixar aqui a vossa contra-argumentação. A chatice é que a história e os resultados de 27 de Setembro vão insistir em dar-me razão.]

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Hoje recebi um mail dos Camera Obscura:

We are pleased to announce that the next single from the album will be 'The Sweetest Thing'. It comes out on 7" on November 2nd and the extra tracks will include our gentle interpretation of The Boss, Mr Springsteen's, song 'Tougher Than The Rest'. Not to be missed.

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Scarlett, Scarlett... fizeste bem. Não sabes cantar (não tens voz para isso, baby...) e arranjaste alguém que canta por ti. Tu sussurras, cantarolas, estás lá - isso basta-te e, principalmente, basta-nos.
E estás linda, óbvio. Menos ninfeta, mais mulher. Se fosse de piropos, diria que és como o vinho do Porto. Conheces?
Uso outra vez esta tua foto, a primeira imagem do Lost in Translation. É para ilustrar um post que escrevi ontem. Melhor, para ilustrar parte desse post. Tu sabes.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

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O Luís Naves é um tipo porreiro, mas um pouco distraído. Só assim se compreende que considere "acutilante e meridiano" o exercício de puro cinismo político que Vítor Dias ensaia. Uma fotocópia com três décadas.

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[Os jornalistas americanos são uns tótós, dizem os jornalistas portugueses.]

Washington, 20 Ago (Lusa) - As principais organizações de meios de comunicação social dos Estados Unidos da América enviaram hoje uma carta a 600 assessores de imprensa da admnistração, entre eles os da Casa Branca, em protesto contra o crescente uso do "off the record".

A expressão refere-se às declarações que não se podem publicar nem atribuir a quem as proferir, pelo que não podem ser usadas pelo jornalista.

Os signatários da missiva dizem que o seu objectivo é fazer frente a uma "fonte comum de fricção" entre a imprensa e os políticos que estão a recorrer cada vez mais a esta expressão, inclusive em actos públicos.

A prática é atribuída sobretudo a membros do Congresso e a funcionários do governo federal que apenas dão informações sobre negociações em curso em eventos como as conferências, proibindo os jornalistas de usarem esses dados e insistindo em que não os citem caso refiram aos seus artigos.

A carta dá conta de um caso "recente" em que dois altos funcionários do Congresso disseram diante de um auditório com 300 pessoas que as suas declarações eram confidenciais.

A carta refere que os membros do governo do presidente Barack Obama também já recorreram algumas vezes a esta estratégia.

A prática, consideram os autores da missiva, prejudica a comunicação social e o público em geral, favorecendo as outras pessoas que acedem à mesma informação e que não estão obrigadas ao cumprimento da confidencialidade.

Lusa/fim

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[há dois ou três dias que os senhores do Yahoo! e do Youtube andam no jogo do gato e do rato com este clip. está no site oficial do novo disco de SJ com Pete Yorn]

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Sem segundas intenções, vistas de trás todas as mulheres são bonitas.
Com segundas intenções, depende.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

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A ministra da Educação comprou um apartamento numa conhecida avenida de Lisboa. Fez obras na casa e mandou colocar estores vermelhos, quando todos os estores do dito prédio eram/são verdes.
Os blogues de professores rejubilaram - entre os posts e os comentários, foi um festival de insultos. Toada que se manteve quando o tema saltou dos blogues de professores (um "mundo" muito representativo das nódoas do nosso sistema de ensino) para os blogues idiotas de esquerda.
Afinal, soube-se depois, tinha havido uma decisão na assembleia de condóminos de mudar todos os estores para vermelho. A ministra, como estava a fazer obras, foi a primeira a fazê-lo.
Alguns dos blogues que publicaram a história retractaram-se. Envergonhadamente, mas retractaram-se. Curioso é que os insultos se mantiveram, mesmo nesses textos de emenda.
A mentira e a verdade ao serviço da mesma causa - o ataque pessoal, sem argumentação, apenas malcriado. Eis o debate em Portugal.

domingo, 16 de agosto de 2009

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You are what you love
And not what loves you back

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Nas últimas semanas, registei um número anormal de palermices políticas tendo mulheres como protagonistas. Muitas delas louras, por sinal. Não as nomeio porque insisto em manter uma certa elegância no trato intersexual.
Eis algo com que nos devemos regozijar: na política portuguesa, os homens começam a perder o monopólio do disparate.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

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O jornal i de quinta-feira publicou uma entrevista com o presidente da ERC. Oportuna. Mas, na mesma edição, um dos responsáveis do jornal escreve o seguinte: "A entrevista ao presidente da ERC prova que nem sempre a inteligência e a cultura chegam para se desempenhar um cargo público. É preciso algum bom senso. A constante confusão que transparece entre as suas opiniões e as directivas da ERC é preocupante".
[Há poucos dias, tinha acontecido algo similar com Campos e Cunha.]
Ou seja: o i entrevista as pessoas, dá-lhes oportunidade de exporem as suas ideias. No entanto, o i terá sempre a última palavra, com o entrevistado já ausente e, portanto, sem oportunidade de se defender ou, sequer, esclarecer. Uma espécie de juízo final.
Esta atitude, no mínimo deselegante, mas acima de tudo revelando uma ética muito peculiar, é bem reveladora do tipo de jornalismo que agora se faz.

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

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While My Guitar Gently Beeps

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O Luís M. Jorge, nas suas deambulações gastronómicas, entre umas ostras e um ensopado de borrego, encontrou Francisco Louçã. Eis o resultado da conversa.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

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Conheço tomadas de posição de conselhos de redacção contra a presença de colunistas-candidatos nas páginas dos jornais em períodos eleitorais. E estão consultáveis textos, em blogues e jornais, relativos aos (des)equilíbrios político-partidários nos media, especialmente acutilantes em épocas pré-eleitorais.
Espanta-me, por isso, o tom exaltado das tomadas de posição acerca de uma directiva da ERC apelando a um maior pluralismo de colunistas a poucas semanas das eleições - a questão sempre foi alvo de debate nas redacções e as soluções variaram conforme as circunstâncias. Por isso, não me comove sobremaneira o debate em curso.
Anoto, porém, o seguinte:
- a crispação/desproporção com que tudo se debate em Portugal, no caso, invocando logo "a censura" e "intervenções do poder", que, obviamente, não fazem qualquer sentido;
- a facilidade com que toda a gente debate tudo, especialmente o que não conhece (no caso, o texto da directiva é totalmente deturpado, conforme acontece na notícia linkada acima);
- a ideia de que todos os media devem garantir o pluralismo revela aqui a sua perversidade;
- a hipocrisia em que vegetam os espaços de opinião sai incólume desta polémica - os "historiadores", "professores universitários", "juristas" e "escritores", mesmo quando são activos militantes ou dirigentes de partidos, ficam acima de qualquer contrariedade.

domingo, 9 de agosto de 2009

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A homepage do Expresso parece ter sido concebida e ser gerida por um maluco. As notícias verdadeiras e importantes misturam-se aleatoriamente com auto-promoções, peças repescadas da edição em papel, boletins meteorológicos, vídeos, galerias de fotos, fait-divers, conselhos de lazer... Sem qualquer hierarquia ou critério agregador que não seja a permanente esquizofrenia noticiosa. Muito provavelmente, o Expresso tem razão e é assim mesmo o novo jornalismo.

sábado, 8 de agosto de 2009

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[1929-2009]

Já não há pessoas assim! E são tão raras as ocasiões em que o podemos dizer.

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Sempre achei que temos para com o CDS uma dívida de gratidão, especialmente desde que Paulo Portas tomou conta da loja: é graças ao CDS que não temos em Portugal uma extrema-direita de maior peso. O partido de Portas vai funcionando como aglutinador dos extremismos, urbanos e rurais, mais ideológicos ou simplesmente conservadores da velha escola. Os cartazes eleitorais para as legislativas deste ano são eloquentes.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

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If you could only stop your hearbeat for one heartbeat

O ano está a mais que meio. Falta a rentrée e pronto. O Natal não conta.
E o disco do ano continua a ser Sometimes I Wish We Were An Eagle. Como muito bem se ouve neste "Too Many Birds".

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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

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Lisboa, 4 de Agosto de 2009, Lua quase cheia

domingo, 2 de agosto de 2009

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duas ou três coisas, coisas simples, que me dariam um pouco mais de felicidade. duas ou três coisas para as quais precisava de um pouco, apenas um pouco, mais de dinheiro. mais uma vez, não me reconcilio com a sabedoria popular.