quinta-feira, 30 de setembro de 2010

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lisboa, texas

qual a melhor canção de lisbon, dos walkmen? eis uma bela one million dollar question. obviamente, os tempos nem sequer estão para isso e o melhor será não escolher. ou escolher a canção lisbon, ela mesmo. aqui acompanhada de umas alusivas (?) imagens de austin, texas. ele há com cada maluco.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

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camané, a guerra das rosas
manuela de freitas / josé mário branco
do amor e dos dias
2010

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

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[óptima sugestão de um(a) leitor(a). tks.]

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lost in station
qual foi mesmo a estação que começou um dia destes?

domingo, 26 de setembro de 2010

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um pequeno passo para a ciência, um grande passo para o politicamente correcto.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

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canções para o resto da vida (36)

a case of you. o título não é o que parece. ou não é só que parece. uma das mais belas canções de joni mitchell (blue, 1971). os dois primeiros versos são de arrepiar:

just before our love got lost you said
i am as constant as a northern star


esta versão é da voz mui segura de k.d.lang. prefiro-a à original. o timbre de joni mitchell naquele tempo, confesso, não é muito consensual. toda outra conversa.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

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lx windows, set. 10

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já o ouvi e vi em todas as rádios e televisões. apresentado, ora como sociólogo, ora como antropólogo.
fala sobre ciganos, mas fala como activista.
nada tenho contra os activistas. estava era convencido de que a sociologia e a antropologia são ciências sociais e não plataformas de intervenção.
andava enganado, claro.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

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Quelle chance! Se battre à coups d'envie, de passions contre les peurs et la résignation. Quoi de mieux qu'un journal pour affronter les choeurs du "c'etait mieux avant", les amis du politiquement correct et le storytelling des nouveaux beaufs.
[édito, les inrocks, 15 sep 10]

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

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a carreira de rui veloso está a ser celebrada por uma edição especial de discos. olhando para o material promocional - e não é das fotos das capas que falo -, confirmo uma percepção: poucos artistas envelheceram tão instantaneamente.

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domingo, 19 de setembro de 2010

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canções para o resto da vida (35)

os sétima legião, com os heróis do mar, foram uma das vias mais interessantes para a afirmação de um certo rock nacional com uma qualquer componente genética própria (curiosamente, indo beber aos celtas). ainda hoje, grupos como os golpes trilham os mesmos caminhos, o que merece alguma reflexão.
sete mares é uma canção extraordinariamente portuguesa, entre o fatalismo e a aventura. sebastianismo, portanto. e é uma das mais belas canções na nossa língua.



[este videoclip, digamos oficial, tem imagens da banda, mas igualmente de filmes a preto e branco da primeira metade do século XX. penso que há imagens de nazaré, terra de pescadores, de leitão de barros, e talvez de alexander nevsky, de eisenstein, ou de um filme de dreyer. se alguém puder elucidar-me, agradeço.]

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coisas das quais é difícil discordar

impor abandono da sesta é uma “tortura” praticada em muitos infantários.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

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ten decisions shape your life,
you'll be aware of 5 about,
7 ways to go through school,
either you're noticed or left out,
7 ways to get ahead,
7 reasons to drop out,
when i said ' I can see me in your eyes',
you said 'I can see you in my bed',
that's not just friendship that's romance too,
you like music we can dance to,

sit me down,
shut me up,
i'll calm down,
and i'll get along with you,

there is a time when we all fail,
some people take it pretty well,
some take it all out on themselves,
some they just take it out on friends,
oh everybody plays the game,
and if you don't you're called insane,

don't don't don't don't it's not safe no more,
i've got to see you one more time,
soon you were born,
in 1984,

sit me down,
shut me up,
i'll calm down,
and i'll get along with you,

everybody was well dressed,
and everybody was a mess,
6 things without fail you must do,
so that your woman loves just you,
oh all the girls played mental games,
and all the guys were dressed the same,

why not try it all,
if you only remember it once,
oooh ooooooh,

sit me down,
shut me up,
i'll calm down,
and i'll get along with you,

(okay one more time)

[i'll try anything once, the strokes, somewhere, sofia coppola]

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Warning: clicking on the picture reveals the full image, which is explicit and may offend.

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somos desaconselhados de ir a um festival de cinema gay porque ele é apoiado por um país que chateia outro. esperemos que o festival não seja apoiado por uma marca de hamburgueres, porque isso porá certamente em causa os direitos dos vegetarianos. ou que não tenha o patrocínio de uma marca de roupa, porque, como sabemos, os têxteis são todos oriundos de países com mão de obra infantil e escrava.

eu não vou ao festival de cinema gay simplesmente porque ele é profudamente discriminatório - ostraciza, elimina, ignora o cinema hetero.

mas chateia-me cada vez mais ser policiado nas minhas convicções, ou falta delas, o que é pior, a cada passo que dou. e chateia-me que minorias ou maiorias, tanto me faz, queiram fazer da sua felicidade o meu inferno quotidiano.

e só não me chateio mais - não sendo mais consequente - porque muito sinceramente não os levo a eles, imensas minorias, ou a eles, maiorias ululantes, muito ou pouco a sério.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

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les inrockuptibles, um dos projectos editoriais mais interessantes dos últimos anos, decidiu "mudar de fórmula". o primeiro número deste novo conceito é prometedor, embora fique sempre de pé atrás quando a imprensa inventa "novas fórmulas" - é geralmente sinal de crise. por exemplo, o site é muito bom, mas onde está a publicidade para o viabilizar?

terça-feira, 14 de setembro de 2010

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há 24 horas que, a todas as horas, isto está a passar na televisão.

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alertado pela shysnogud, fui ler:

Como ficou, todo estampado de costas, o atrelado tombado de lado na encosta, carga espalhada e os 12 rodados indignamente virados ao ar, o grande Scania R440, um muito possante semi-reboque, vermelho vivo, novo, parecia um Transformer que correu horrivelmente mal. Bastava ver-lhe a cara que é a sua cabina - pareceu ter levado um soco do céu: testa de vidro partida, grelha metida pelas fuças adentro, todo amarrotado como papel, um sem-número de fios e mecânicas vísceras, a escorrer, à mostra de todos. Metia dó, como um escaravelho que capota e não se pode levantar. Mas, mais do que isso, metia medo.
[in JN, 14 Set. 10]

domingo, 12 de setembro de 2010

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este filme recorda-me novamente: preciso de aprender a nadar.

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canções para o resto da vida (34)

voltei a ouvir os led zeppelin, não é coisa que se ouça todos os dias. queria perceber. quando os da minha geração me falam de alguns grupos mais pesados - 'vêm a lisboa, vais ver? - costumo responder: 'fiquei nos led zeppelin'. é coisa de velho, de no meu tempo é que era bom e os led zeppelin nem sequer são do meu tempo o que torna a coisa mais complicada. mas reouvi e ganhei confiança. falta dizer por que me lembrei desta malta precisamente agora. robert plant acaba de lançar um novo disco, muito bom, depois do fabuloso raising sand, com alison krauss.


sábado, 11 de setembro de 2010

terça-feira, 7 de setembro de 2010

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a família é uma das realidades mais incómodos da idade contemporânea. é à volta dela que se geram as maiores tensões das nossas vidas. gregários que somos, não conseguimos viver sem ela. mas livres como nunca, é contra ela que acabamos por construir as nossas vidas. dizer que estamos todos mais sós é uma banalidade, não menos verdadeira por ser repetida.
digo incómoda, pesando as palavras. olho à minha volta e quase todos fogem da família, sabendo ou ignorando, tanto faz, que se trata se uma fuga ilusória.
no final, e isso dói, fugimos do conforto da família para acabarmos, mais tarde ou mais cedo, chamados pelo desconforto da família. é um destino, este o nosso do novo milénio, de abdicarmos do conforto e não podermos (ainda, talvez) fugir ou recusar o desconforto.

o primeiro disco a solo de philip selway, baterista dos radiohead, chama-se familial e tem canções bonitas assim:



Above the traffic noise and fights
Can you hear me?
I'm standing right next to you
As the crowds pour out on a cold, cold night
There's a place we can go
There's a place we both can hide
And we'll stay quite still
We won't make a sound
We'll turn out the lights
We'll turn out the lights
Then we'll leave and disappear into the night
We'll turn out the lights
We just want a simple life
We'll turn out the lights
Please turn out the lights

On down the road, we walk alone
Can you see me?
I'm scared that I'm losing you
As the crowds press on through the cold cold night
There's a place we can go
There's a place where we both can hide
And we'll stay quite still
We won't make a sound
We'll turn out the lights
We'll turn out the lights
Then we'll leave and disappear into the night
We'll turn out the lights
We just want a simple life
We'll turn out the lights
Please turn out the lights

All the vows we made, I'd make them all again
I gave my promise and the life we had is sacred
I wouldn't lie to you, I could not lie to you
Turn it up, we'll leave the noise behind
So turn out the lights
Please turn out the lights

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

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os ontens que cantam
o primeiro ouvinte do fórum da tsf de hoje explicou, com toda a clareza, que a solução para tudo isto está numa canção que os peste e sida cantaram na festa do avante.

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por uma vez, de acordo com vpv:
O preço que pagámos pela ditadura desse provinciano mesquinho é incalculável.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

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a lua de tripoli. setembro 2010