quinta-feira, 31 de março de 2011

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canções para o resto da vida (61)
there’s a time to be talking
and a time when it’s no use.
o silêncio, a solidão, o tempo. as canções de sandy denny são para tempos de recolhimento, contemplação. e que voz, a de sandy denny. solo.

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dos diários e dos blogues.

Don’t be too obscure. British upper-class diaries are prime examples of this fault, as in Sir Arthur Fforbes-Ffinch’s account of London life in the 1920s: “January 4th: Bo-Bo, Tiggy, Spaff, Flatto, Gin-Gin, Mobbles, and Goofy came round and we all drank Brown Monkeys and played Sham-Sham until we’d crocked Bonzie’s and had to rumble.” Completely inexplicable if you didn’t know it was a Cabinet meeting.

[Michel Palin, Vanity Fair]

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terça-feira, 29 de março de 2011

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uma canção de elvis costello (não, não é de robert wyatt) na voz de june tabor.
a voz de june tabor talvez devesse ser classificada de património da humanidade. 

segunda-feira, 28 de março de 2011

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gosto muito do novo disco de marianne faithfull e isso já não me acontecia há muito tempo.

sexta-feira, 25 de março de 2011

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afinal, eu sempre gostei de futebol, só que não sabia. obrigado paulo futre.



e obrigado, outra vez.

quinta-feira, 24 de março de 2011

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a canção ali em baixo chama-se copenhagen e é do último disco de lucinda williams, blessed. gosto muito das canções de lucinda, especialmente das mais tristes, como esta, que fala da morte de um amigo. (também gosto de jogar às escondidas).

quarta-feira, 23 de março de 2011

segunda-feira, 21 de março de 2011

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idea pickin' 12

Os comentadores  são lampreias. Têm uma tripa que deve ser tirada com cuidado. Agarramos na cabeça do comentador e, três dedos abaixo do olho mais bonito, abrimos dois pequenos orifícios. Depois é só puxar com cuidado. Se não o fizermos, o cachet que cobra e os favores que faz contaminam a carne e o bicho fica intragável.

Filipe Nunes Vicente, no Mar Salgado

domingo, 20 de março de 2011

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dia do pai 2011. 

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canções para o resto da vida (59 y 60)

antes de espetar o carro contra um poste de iluminação, ao 27 anos, chris bell teve tempo de lançar um single com duas canções. e eis a sua obra.


nunca tinha ouvido falar de tal sujeito até pasmar com scarlett johansson e pete yorn. scarlett cantora é um desastre. um encantador desastre. isso não vem ao caso. isto sim:
Every night I tell myself,
I am the cosmos,
I am the wind 
só quando ouvi a outra canção de chris bell é que percebi - conheço isto de qualquer lado. os this mortal coil têm, afinal, versões de ambos os temas. melhorzita a de you and your sister. o original é, porém, comovente.

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fiz esta foto há dois meses no dubai. e encontrei agora na vanity fair online a reportagem perfeita para lhe fazer companhia. o primeiro parágrafo é breathtaking.

T
he only way to make sense of Dubai is to never forget that it isn’t real. It’s a fable, a fairy tale, like The Arabian Nights. More correctly, it’s a cautionary tale. Dubai is the story of the three wishes, where, as every kid knows, with the third wish you demand three more wishes. And as every genie knows, more wishes lead to more greed, more misery, more bad credit, and much, much, much more bad taste. Dubai is Las Vegas without the showgirls, the gambling, or Elvis. Dubai is a financial Disneyland without the fun. It’s a holiday resort with the worst climate in the world. It boils. It’s humid. And the constant wind is full of sand. The first thing you see when you arrive is the airport, with its echoing marble halls. It’s big enough to be the hub of a continent. Dubai suffers from gigantism—a national inferiority complex that has to make everything bigger and biggest. This includes their financial crisis.

sábado, 19 de março de 2011

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esta noite, a lua parece o sol.

sexta-feira, 18 de março de 2011

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canções para o resto da vida (58)

as canções de maximilian hecker são sempre tristes. belas e tristes. convidam ao recolhimento. podem ser redentoras, exorcizantes. acreditem.


este vídeo, não oficial, parece ter sido feito na coreia. aparentemente, as canções de hecker (berlim) serão muito populares nas escolas coreanas de artes visuais. coisas de espantar.

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o som do sismo no japão captado no fundo do oceano.

quinta-feira, 17 de março de 2011

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imagens [el pais] do 'apocalipse' japonês, como esta semana lhe chamou um alto responsável europeu. desconte-se o cinismo geo-estratégico e mesmo assim poucas imagens se aproximam tanto do ideia que temos de apocalipse como aquelas que chegam do japão.

quarta-feira, 16 de março de 2011

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canções para o resto da vida (57)

esta canção é um monumento. para tempos de turbulência.

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Satellite Photos of Japan, Before and After the Quake and Tsunami.

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ora aí está uma notícia muito interessante: declarações do comissário que afundaram as bolsas foram feitas com base em notícias dos media.

terça-feira, 15 de março de 2011

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o continente desencadeou hoje uma avassaladora campanha publicitária, com a ocupação da quase totalidade das capas dos jornais (a curiosa excepção foi a do publico, que ja estava com a mcdonalds), a compra maciça de espaço em horário nobre nas televisões, e a propagação viral por tudo quanto é site influente em portugal. pela primeira vez, confesso, tive alguma dificuldade em lidar com os sites de informação, tal era a omnipresença do continente.
vem a isto a propósito de uma previsão privada (uma das minhas especialidades recentes), que apontava para as dificuldades acrescidas que iriam viver os media neste ano de claro aperto (com as empresas, a começar pelas públicas, com o budget de promoção bastante 'racionalizado').
acontece que esta campanha do continente (e a guerra que vai manter com o pingo doce) e mais algumas campanhas a que já assisti desde o início do ano (de automóveis, por exemplo) estão a pôr em causa essa minha previsão. e, pelos vistos, sempre é verdade que as épocas de crise são também épocas de grandes oportunidades.
estou muito curioso acerca da forma como vai evoluir o mercado publicitário nos próximos tempos e, especialmente, o modo como ele vai influenciar a sobrevivência dos media mais frágeis.

segunda-feira, 14 de março de 2011

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canções para o resto da vida (56)

star fm. é assim que se chama a enésima encarnação de uma rádio derivada de uma casa a que me habituei a chamar de comercial e outros de rádio clube. a star fm é uma espécie de rádio nostalgia de conceito refinado - passa basicamente canções dos anos 60 e 70, mas apenas as muito alegres, coisas bem dispostas, daquelas que andaram nos tops e que cantarolamos compulsivamente, fazendo figuras de parvo. tenho dois ou três fetiches nesta especialidade, digamos assim. uma delas é deveras peculiar - a história de um fulano prestes a morrer, que se despede de amigos, namoradas e familiares. um rio de lágrimas, mas que dá vontade de fazer lá lá lá. coisa para embaraçar qualquer intelectual que se apresente como amante da 'boa música' (topem só o aspecto do marmanjo que a canta).



ora a coisa é de tal maneira contagiosa que kurt cobain gravou uma versão catita com os nirvana, com todo o grupo a trocar de instrumentos. cobain suicidou-se uns tempos depois, mas não consta que tal facto tenha qualquer relação com a cantigueta, nem que a tenha cantado antes do grande adeus. isto é de mau gosto, eu sei... mas estão a ver onde nos levam as cantigas foleiras?

segunda-feira, 7 de março de 2011

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idea pickin' 11

Sempre gostei de converter nomes de lugares em nomes de raparigas. Uma ideia romântica.

John Cale, ao Babelia (El Pais), 26 Fev 11, a propósito de Andalucia (1973)

terça-feira, 1 de março de 2011

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"Right from the start I couldn't take my eyes off her. She was the most erotic thing I'd ever seen. She was fair skinned and golden haired, full-blooded Italian. The air was suddenly filled with banana leaves. We started talking and my head started to spin. Cupid's arrow had whistled past my ears before, but this time it hit me in the heart and the weight of it dragged me overboard."