quinta-feira, 12 de março de 2009

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Eu, que sou pouco dado a irritações, ando com duas, pequenitas, de que vos quero dar conta.

Irritam-me, por exemplo, aquelas pessoas que são assaltadas e que vão para a televisão exigir que o Estado tome medidas para as proteger. Não falo, é claro, de todas as pessoas.

Por exemplo, hoje era um senhor dono de uma farmácia de serviço permanente que foi assaltada. Às vezes, são donos de ourivesarias, ou então os proprietários de gasolineiras, ou pessoas que passam à porta de bancos acabadinhos de assaltar.

Todas as actividades exigem uma quantidade de requisitos, naturais, digamos assim, ou mais recentes, tendo em conta as condições da sociedade em que vivemos.

Por exemplo, há uns tempos muita gente ficou admirada com as acções da ASAE nos restaurantes. Ora, parece-me, que quem abre um restaurante sabe, de antemão, que a higiene e a observação de um determinado número de regras sanitárias faz parte do negócio. Tem que contar com isso quando se lança na coisa.

O mesmo com actividades como os bancos, as gasolineiras, as farmácias, as ourivesarias (e haverá outras). São actividades que, em regra, dão lucros fabulosos. Da sua estrutura de custos tem de, obrigatoriamente, fazer parte a segurança. Digamos que é condição inerente a este tipo de negócios a existência de condições acrescidas de segurança.

O Estado deve assegurar condições de segurança à generalidade dos cidadãos. É normal que aqueles que optem por actividade que exigem condições de segurança extraordinárias estejam dispostos a pagá-las. Evidente, parece-me.

[Desculpem a irritaçãozinha. A outra fica para depois...]

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