sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

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Noto que em alguns blogues se tenta encontrar a melhor canção de amor de sempre. A tarefa é interessante, pelo menos mais interessante que discutir as múltiplas crises que nos atormentam, mas que, na realidade, ainda ninguém viu.
Tem, pois, potencial lúdico, o que implica admitir à partida a impossibilidade de lá chegar.
Desde logo, as canções de amor (as outras também, mas as de amor ainda mais...) não existem isoladas. Elas dependem de contextos - da cultura e sensibilidade de quem as ouve; das circunstâncias em que são ouvidas.
Depois... o que é uma canção de amor? Assim às primeiras, consigo distinguir três categorias: as canções de amor propriamente ditas, as canções sobre o amor, e as canções de desamor (que inclui tudo o que tem a ver com o amor que acaba, que não se concretiza, que parte a alma...) Esta última categoria é, de longe, a mais produtiva e é, também, aquela onde se encontram as melhores canções. E, por paradoxal que pareça, é entre as canções de desamor que encontramos as melhores canções de amor. Confuso? Pois é...

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