terça-feira, 16 de setembro de 2008

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também já não leio "análises políticas" como lia outrora. adaptei-me aos tempos (à minha falta de..., e aos tempos eles mesmo) e agora só faço surf (antes, lia em diagonal, mas, lá está!, adapto-me aos tempos...). até porque, sinceramente, muito pouco mudou nesta área. embora haja actores/opinadores novos - salvo raríssimas excepções, sabemos de antemão o que vamos ler. por vezes, a expectativa reside em assistir à cambalhota que conduz à conclusão, noutros casos, tudo reside em apreciar o exercício de estilo. falta-me o tempo, insisto, e a paciência.
mas, do pouco que vou observando, retiro três aspectos essenciais:
1. tudo continua a basear-se em paradigmas próximos. ou seja, a maioria da análise política parte do princípio de que tudo se repete. basta ter acompanhado as últimas duas décadas da política portuguesa para perceber que isso não é assim. bem pelo contrário.
2. a grande maioria dos chamados analistas, por preguiça, limitação intelectual, ou porque baseiam toda a sua fé no primeiro princípio, nem sequer se dá ao trabalho de tentar perceber as nuances e mesmo as grandes diferenças. ou seja, a maioria parece desconhecer o modus operandi, os objectivos e os próprios traços de personalidade dos actores políticos que "analisam".
3. os media, nisto como no resto, colocam o dissonante no centro do palco, numa total inversão da realidade. resultado: quanto mais amalucada for a "análise" mais hipótese tem de ser ampliada.

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