sexta-feira, 6 de maio de 2011

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Em Portugal, as colunas de opinião ou assentam na ideia estrambólica de que quem escreve opinião tem de ter rasgo literário (o que explica a sobrevivência de colunistas onde o brilhantismo estilístico serve para esconder a preguiça intelectual) ou limitam-se a um conjunto de afirmações que dispensam sustentação ou, pior ainda, dependem de um par de trocadilhos combinados com uma ou duas frases de belo efeito, preferivelmente no registo engraçadinho que tem feito escola. Quando a opinião deveria partir da defesa de um argumento com base em factos, ideias ou conhecimento disponível (por exemplo académico), o que nos é oferecido em Portugal é, frequentemente, um exercício preguiçoso baseado na fulanização, em processos de intenção e na desvalorização da capacidade de raciocínio.
um excelente texto, de pedro adão e silva, sobre a opinião que se publica em portugal. (e que melhor prova do que o pedro escreve do que os comentários ao post original?).

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