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leio por aí que o terceiro disco dos arcade fire é uma treta. as revistas da especialidade dividem-se entre o medíocre e o bom. na verdade, ao segundo disco, os canadianos já estavam esgotados.

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estou com preguiça de blogue. uahhh!

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kit para dois meses: 93,82. farmácia camões.

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canções para o resto da vida (33)

nas canções, há pormenores que enlouquecem. os camera obscura, o mix mais estranho de influências (talvez, mais correctamente, reminiscências), enlouquecem frequentemente. nesta careless love, chamo a atenção para o que se passa aos minutos 2'10 e 3´35. no fundo, no fundo, trata-se apenas de uma valsa, dirão. pois, mas a música é isso. 

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aveiro, 25 ago. 10

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ninguém pára este homem

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rentrée

para já, setembro. vai ser assim: o novo belle & sebastian (write about love é um título e peras), o novo dos walkmen (lisbon é um título que nem vos conto) e ainda lloyd cole (broken record, temo que seja triste), jose gonzalez em colectivo (junip), philip selway, baterista dos radiohead, a solo e em formato surpreendente, mais um (bom, de certeza) de isobel campbell & mark lanegan, e ainda wildwood, eeels...

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Favela, by Dylan

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muito interessante.

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lisboa, por exemplo. uma noite destas.

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canções para o resto da vida (32)

The half whispered hopes

The dreams that we smoked

Puffed up and ran

robert forster (ex go betweens) sobre os demon days em que vivemos. a desilusão, como raramente a ouvimos.



[o disco (The Evangelist, 2008) e a canção têm uma história, que pode ser lida aqui.]

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é o que dá estar afastado dos blogues dois ou três dias.
ia-me passando ao lado o melhor texto deste verão [Reino da Prússia e dos Algarves].
ide lá ler, que o gajo é maluquinho e dá-lhe para apagar posts.

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Londres, primeira semana de Agosto, manhã cedo

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canções para o resto da vida (31)

teen dream. há coisas que não necessitam do distanciamento do tempo para ganharem peso na nossa vida. o mais recente disco dos beach house (2010) é um caso sério. tão sério que tenho dificuldade em escolher uma canção. fica aqui walk in the park, porque exemplar do estilo drug-driven da banda.

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streets of london, summer 2010

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oxford street, cair da noite, 5 de agosto.
a banda sonora de pulp fiction ao virar da esquina. numa versão, digamos, clash.

Misirlou é uma música grega, composta em 1927 por Michalis Patrinos. Nas olimpíadas de 2004, que foram realizadas em Athenas, ela foi escolhida pelo comitê organizador como a música grega mais influente de todos os tempos, tendo sido interpretada por Anna Vissi. Outra característica interessante desta canção é que cultores de quase todos os estilos de música popular consideram-na como sua música favorita. Foi utilizada no filme Pulp Fiction, de Quentin Tarantino, várias bandas de rock a gravaram (sendo a mais famosa, a versão de Dick Dale), tornou-se a música favorita entre os sérvios (que espantaram-se quando descobriram que se tratava de uma canção grega), é utilizada por bailarinas de dança do ventre e em casamentos judaicos. Apareceu também em vários video games, tais como Guitar Hero II. a grupo Black Eyed Peas usou samples da canção no seu hit Pump It. [Wikipedia]

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os telediscos não são todos iguais. vale sempre a pena ver/ouvir os que joão lopes escolhe.

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na segunda semana de agosto, o noticiário das 8 de uma televisão generalista acabou às 21 e 20. é mais barato encher a antena com "informação". e isso é o princípio do erro.

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o mais interessante texto acerca da internet, li-o no observer de 20 de junho. felizmente, está online. agrada-me especialmente a 'amoralidade' do autor, ou seja, ele apresenta-nos os pontos-chave de reflexão, os limites 'inferior' e 'superior' da rede, mas não nos aponta caminhos. inteligentemente, diz-nos a todo o tempo: já tinha pensado nisso? pense nisso.

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estive a ouvir the blueprint (lançado a 11 de setembro de 2001), do jay-z, porque uma série de revistas colocam o raio do disco nas listas dos indispensáveis da década. interessante. mas a paisagem lírica só me trazia à memória este resumo do meu filme fetiche do tarantino.

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um aborrecimento (ou um vexame). morreu tony judt, o maior historiador do século (XX ou XXI?) e eu não conhecia o homem. só de ouvido.

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canções para o resto da vida (30)

o filme, a actriz, o actor, o realizador, tudo. há uma geração marcada por este filme. mas poucos filmes têm uma banda sonora tão forte que é a ela, à música, que a nossa memória regressa quando lembramos o filme.

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morreu dias lourenço, histórico comunista, daqueles que nunca saíram. da esquerda à direita, só vejo elogios. à parte aquela doença (será portuguesa?) de elogiar tudo o que morre, interrogo-me: mas, então, os comunistas, vivos ou mortos, não era para serem todos maus?

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[Londres, Agosto 2010]

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uma loja de aeroporto pode responder a pequenas, irrelevantes perguntas que fizemos a nós próprios dias antes.

[o blogue esteve em piloto automático quase uma semana. uma experiência a não repetir.]

não tinha 'férias' há quantos anos, afinal?

[uma imensidão de coisas que poderiam ser ditas. mas era uma chatice, ainda levavam alguma coisa a sério. fica para outra oportunidade, como de costume.]

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canções para o resto da vida (29)

lembrei-me desta canção quando li pela primeira vez 'the road', de cormac mccarthy. estamos na mesma atmosfera, irrespirável, de um apocalipse talvez redentor. a canção surgiu no primeiro disco de peter gabriel a solo (1977).

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em agosto, os jornais gratuitos vão a banhos. admiro-lhes a inteligência: o mundo ideal teria, pelo menos, um mês por ano sem notícias.

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em louvor do pequeno comércio

(chiado, lisboa)

[encerramos dia 2 - 8 - 2010

reabrimos dia 20 - 9 - 2010]

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sms, hoje, às 11:30

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de mário bettencourt resendes (1952-2010) recordo e agradeço uma década irrepetível no diário de notícias e alguns encontros e desencontros que só acontecem entre quem quer fazer. foi alguém de uma dimensão humana rara.

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canções para o resto da vida (28)

esta canção tem um dos versos de que mais gosto na música pop. 'heaven is a place where nothing ever happens'. o céu como cúmulo do aborrecimento. parte da 'graça' dos talking heads passava pelo sentido de humor de david byrne, que se manifesta tanto nos textos quanto na música. nesta versão, tipo unplugged, david surge apenas com tina weymouth (baixo).

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(...) o valor social do jornalismo não se mede por uma espécie de tômbola judicial em que se promove uma percepção histérica de factos (ou suposições) e umas vezes se acerta, outras não...

João Lopes, Diário de Notícias, 01 Ago. 10