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2009, balanço

das arrumações de fim de ano sobressai um facto ineludível - tenho exagerado nas fichas triplas.

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o amor ausente, insisto, é a melhor das musas. amor passado, amor traído, desamor.
por exemplo, este Historia de Un Amor, do último disco de Luz Casal (La Pasión). um luxo de 11 velhas canções latino-americanas revistas por Emir Deodato. e Luz a dizer "corazón" daquela maneira...

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É preciso ter em conta que eu, que adoro marisco, não como mexilhões porque me parecem vulvas.

e eu, que até de ostras me obriguei a gostar?

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a década dá os últimos suspiros (na verdade, acho que é só daqui a um ano, mas percebo a facilidade da coisa) e sucedem-se as listas. filmes, livros, músicas, fotos, políticos, guerras, divórcios, ideias.
gosto de listas, mas também sou cultor de uma certa preguiça. uma lista para dez anos? sei lá... hoje seria uma. amanhã outra, certamente. além de que a minha lista seria a minha lista, intransmissível, portanto.
falo, é claro, de música, que do resto me atrevo. e nessa matéria, no sítio do costume, há um bom ponto de partida para uma lista razoável, embora lhe falte tudo o que não é anglo-saxónico.

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2009 numa canção. a melhor. obrigado 2009.

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Portugal, 2009. Um retrato.

num daqueles concursos de televisão, sai um teclado de computador a um concorrente.

apresentador: então, o teclado vai fazer-lhe jeito?
concorrente: claro!...
apresentador: tem computador?
concorrente: não.

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a Jigsaw & Becky Lee, Coimbra, Dez. 08
(maio; reposição)

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a literatura, o jornalismo e coisas assim. e, sim, a coisa é importante.

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Leio no 24 Horas. Mia Rose (!?) separou-se de Lourenço Ortigão (!?) e, despachada, conclui: "As separações ajudam-me a compor músicas". Nada se perde, como dizia o filósofo. E é verdade, sim senhor, essas são as melhores canções.

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el corte inglés, hoje de manhã:

- já deste os parabéns ao antónio?
- então...?
- vendeu o omega constellation (*).

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a avaliar pelos noticiários de ontem, falhei o evento do século - o sismo de 2009, que - igualmente a avaliar pelos noticiários de ontem - trouxe à memória dos portugueses que lhe sobreviveram outro evento da mesma magnitude - o sismo de 1755.
resta-me, pois, recordar tal momento único através de memórias alheias. o melhor que encontrei foi este vídeo no youtube - ricardo araújo pereira e bruno nogueira são, sem sombra de dúvida, a maior influência, a todos os níveis, da actual juventude portuguesa. isto diz muito sobre a juventude, mas diz mais ainda sobre os noticiários de ontem.

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ainda não estava refeito das boas classificações obtidas pelo mais recente disco de Rihanna e eis que me falam da capa de janeiro da GQ. tento, como posso, adaptar-me aos tempos.

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Do último disco de Vincent Delerm (Quinze Chansons) gosto especialmente dos títulos das canções.

- Tous les acteurs s'appellent Terence
- Allan et Louise
- Je pense à toi
- Martin Parr
- Le Coeur des volleyeuses bat plus fort pour les volleyeurs
- Et François de Roubaix dans le dos
- Dans tes bras
- 78 543 habitants
- Shea Stadium
- Un Temps pour tout
- North Avenue
- From a Room
- Un tacle de Patrick Viera n'est pas une truite en chocolat
- Monterey
- La Vie est la même.

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The Egyptians built their pyramids
The Romans did what they did
Now everything’s come down to this
It’s just you and I, our kin
We could send a million to the moon
But why can’t I get on with you?
Cellophane around my mouth
Stops the anger sipping out
Our deaf and dumb dinners
Gravy in the mud
No singles, just fillers
Sometimes I wish I could
But I can’t behave
Though it’s not the heathen in me
It’s just that I’ve been bleeding lately,
Internally
Don’t turn to me,
Bite your tongue, the torrid weapon
You could learn a useful lesson
What’s so great about the Great Depression
Is it a blast for you?
Blasphemy

Words cut like a knife in Vaseline
You can’t really mean what you mean
When you say what you say
So tourettes make them come out that way,
Wish I was here well I wish you weren’t
Your gift of anger’s better burnt
If nothing’s said then nothing’s learnt
I though I wasn’t but I’m really hurting

Our deaf and dumb dinners,
There’s gravy in the mud
And I can’t behave
No, it’s not the heathen in me
It’s just that I’ve been bleeding lately,
Internally

Don’t turn to me
Bite my tongue, the torrid weapon
We could learn a useful lesson
What’s so great about the Great Depression
Was it a blast for you,
Blasphemy

A great adventure Christmas in the snow
Seen our dimension baby, what a way to go
I won’t behave
And though it’s not the heathen in me
It’s just that I’ve been bleeding lately,
Internally
So turn to me
Bite your tongue, your torrid weapon
We could learn a useful lesson
In a greatness great depression
It’s not a blast for me,
It’s blasphemy

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Un espectador denuncia a un músico de jazz por no tocar jazz.
E a polícia concordou!

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Uma boa ideia.

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As canções são o que fazemos com elas. Esta, por exemplo, poderia dar uma bela canção.

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Andava há uns meses para escrever sobre a Monocle,  passaporte instantâneo para a modernidade, coqueluche de quem pretende escancarar a sua intelectualidade. Este mês é que era... uma edição fora de série. Distraí-me, porém, e os jornais já mostraram o retrato de Catarina Portas como um dos vinte "heróis" a merecer atenção.

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"Surgiste de repente no meio de coisas proibidas"
Fátima, a jovem de 18 anos que fugiu com o padre Rui (26)