sábado, 7 de fevereiro de 2009

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O debate (1)

Um das discussões mais estéreis da política portuguesa é a que envolve a falta de debate interno nos partidos.
Acontece sempre que um atinge a maioria absoluta (Cavaco secou o PSD, Sócrates secou o PS...). Mas no PS nem é necessária maioria absoluta. Veja-se a balbúrdia no grupo parlamentar no tempo de Guterres.
Ora trata-se de uma discussão completamente sem sentido.
Os partidos já não são (tê-lo-ão sido em tempos remotos...) os centros privilegiados de debate. Os partidos são simplesmente máquina de obtenção de poder (interno e externo). E só marginalmente o poder se alcança através das ideias. Vivemos num mundo em que a aceleração e imprevisibilidade é tal que não faz qualquer sentido escolher um partido pelas suas ideias, as suas soluções, para o mundo e a vidinha.
Hoje, votamos mais em pessoas do que em ideias. E o voto é cada vez mais circunstancial e determinado por factores subjectivos (imagem, comunicação, imagem, comunicação...) do que objectivos.

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