domingo, 15 de fevereiro de 2009

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Apercebi-me um destes dias que pessoal da minha geração e da anterior, ponhamos as coisas assim, anda muito entretida no facebook, no twitter e noutras redes muito na moda. E que, entre jornalistas, até já se trabalha informação por essas vias.
Inscrevi-me no facebook há uns largos tempos, no twitter há um mês. Desisti de ambos. Dou comigo a pensar que isso me transforma num cota da cibercultura. Ter um blogue é hoje coisa de cota. Não me interessa a interacção das redes, não é para isso que aqui ando. Interessa-me o brinquedo, a possibilidade de. Quero dizer coisas e não quero que me chateiem, que me façam perguntas, que me "sigam", como no twitter. Escrevo ou publico coisas no blogue, como quero, quando quero. E até tenho comentários moderados - já repararam que os blogues com comentários moderados só publicam coisas com as quais concordam? O blogue foi ultrapassado por tudo o que se lhe seguiu. É hoje um meio de comunicação unidireccional. Eu escrevo, quem quiser que leia. A nada sou obrigado, a nada obrigo. Ao contrário, nas redes, é-se obrigado a interagir. Ora eu não quero interagir. Para isso, para aturar quem me sai na rifa, já tenho o dia-a-dia. De certa forma, no totalitarismo da sua forma, o blogue é o meu espaço de liberdade. É disso que gosto.

1 comentário:

  1. Estado de nonchalance zen invejável...
    Generalizado e assumido; simplesmente perfeito.
    Invejo-te.
    Muito.

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