segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

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A Fox, a trituradora de séries, estava há pouco a passar o primeiro episódio de House. Cinco anos e os penteados estão fora de moda, as roupas um horror, da maquilhagem nem se fala. Episódio a cores, mas a denotar aquele amarelado das velhas fotos a preto e branco.
O que mais maravilha em House é que, ao contrário de muitas outras séries, soube envelhecer.
Tudo é agora mais depurado, tudo foi levado ao osso.
Algumas das séries de nova geração tendem a aparvalhar, a perder-se por caminhos não evidentes. Sete Palmos de Terra foi disso um bom exemplo. Sem perder interesse, a série foi-se ramificando, divergindo...
Com House, deu-se o processo inverso - um processo implosivo. Exploram-se os pequenos pormenores, os personagens ganham densidade, a trama torna-se claramente doentia, o cinismo é a única regra de vida. E, numa série de hospitais em que o maior doente é o médico, nada como aprofundar esse universo deliberadamente doentio.

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