numa cidade perdida do interior, há umas décadas, o círculo de leitores foi uma porta de entrada para novas aventuras. com o correr dos anos, foi-se-me tornando num amontoado de coisas dispensáveis. uma relação que perdura por mera rotina.
o sr. lima era, até à semana passada, um quase anónimo, o chato do círculo de leitores, não porque fosse chato, mas por dar rosto a essa relação contrariada. até que uma carta anunciou a sua morte. o sr. lima morreu. assim, sem mais explicações, sabe-se lá do quê, sabe-se lá como.
é uma morte que me incomoda. o chato do círculo estava num limbo. ficava à porta, na porta entreaberta.
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