O desmoronamento em Albufeira lá merece o habitual cortejo de disparates, imprecisões, precipitações, maluqueiras e outras coisas impróprias para consumo tão próprias dos nossos media.
Há, porém, duas menções honrosas a destacar:
- o gráfico que o Correio da Manhã publicou e que resulta, seguramente, de uma alucinação de quem o elaborou (não rolaram pedras da falésia e o desmoronamento nem sequer foi na falésia) - um exemplo de como um artifício pensado para mostrar o que não se pode descrever por palavras acaba por ser um elemento de forte deturpação da história. No mesmo jornal, uma entrevista com um cavalheiro identificado como "engenheiro civil e prof. universitário", que atribuiu o desmoronamento à deposição no cimo da falésia da terra proveniente de uma escavação ilegal para a construção de uma cave ilegal (!!!).
- já a capa do 24 Horas, só vista...
Uma das coisas que mais impressiona em relação à imprensa portuguesa é perceber como pode alguém - do mais anónimo cidadão ao mais poderoso dos poderosos - tomar decisões com base no que nela se publica.
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