Tem toda a razão, Luís. Aquilo à beira do Tejo deveria mesmo era ser reservado para um joelhódromo ou manifestódromo. Sabe que, há dias, estava eu na relva de Belém, quando a Torre me tapou o pôr do sol. Pensei logo: que obscuros interesses se terão movido na época para permitirem um mamarracho destes na linha de água... Um escândalo. O que mais me impressiona é a imaginação das pessoas: escolherem um local à beira rio para fazerem um porto! Não há nada de melhor? Sei lá, deitavam abaixo os mamarrachos de Chelas e, assim, o Miguel Sousa Tavares já podia tomar o seu cocktail comtemplando os silos da Trafaria...
Não. Onde a coisa fica bem é entre o Terreiro do Paço e o Padrão dos Descobrimentos, com um viadutozinho a fazer a ligação ao Rato. Isso sim, era planeamento estratégico. Não queremos que o senhor primeiro-ministro se perca no trânsito quando visitar o presidente da Mota-Engil. Abraço.
caro JMF, no sábado a Baixa não fechou só por causa desse andor... também houve - da Praça do Município ao Rossio - um desfile de máscaras ibéricas, belzebus e chocalhos, tambores e gaitas, o profano e o sagrado (e a escolha é arbitrária, conforme convicções)... curiosamente deu jeito só bater na santa por causa do trânsito, mesmo que nem seja da minha particular devoção.
Percebo, Miguel. Longe de mim, insultar a santa. Quando não é a santa, é a Fórmula 1 (!!!), ou eram as bicicletas e os skates no tempo do PSL, se não me engano. O meu conceito de cidade é muito simples - é para que as pessoas lá vivem e a usufruam com normalidade. A Avenida deveria ter esplanadas e algum trânsito. A Baixa devia ter comércio o tempo todo. O que me incomoda é a noção, cada vez mais imposta, de que a cidade deve ser uma permanente palhaçada, sempre parada/atafulhada de actividadade bizarras. E Lisboa, fora do centro, tem muitos espaços para palhaçada - o parque junto ao Trancão, Monsanto... A cidade, insisto, deve ter vida de cidade. Com pessoas normais, que passeiam, fazem a sua vida, sem necessidade de artificialismos. Não me parece assim coisa tão bizarra de se querer...
"Lisboa para os lisboetas, já!"
ResponderEliminarPois: e com um terminalzinho de contentores em Alcântara, para podermos viver melhor na cidade.
Tem toda a razão, Luís. Aquilo à beira do Tejo deveria mesmo era ser reservado para um joelhódromo ou manifestódromo. Sabe que, há dias, estava eu na relva de Belém, quando a Torre me tapou o pôr do sol. Pensei logo: que obscuros interesses se terão movido na época para permitirem um mamarracho destes na linha de água... Um escândalo. O que mais me impressiona é a imaginação das pessoas: escolherem um local à beira rio para fazerem um porto! Não há nada de melhor? Sei lá, deitavam abaixo os mamarrachos de Chelas e, assim, o Miguel Sousa Tavares já podia tomar o seu cocktail comtemplando os silos da Trafaria...
ResponderEliminarNão. Onde a coisa fica bem é entre o Terreiro do Paço e o Padrão dos Descobrimentos, com um viadutozinho a fazer a ligação ao Rato. Isso sim, era planeamento estratégico. Não queremos que o senhor primeiro-ministro se perca no trânsito quando visitar o presidente da Mota-Engil. Abraço.
ResponderEliminarPor estas e por outras que tais é que eu vim viver para o campo. E podes crer que não vou voltar. Só de visita, mas de regresso rápido.
ResponderEliminarAbraços
caro JMF, no sábado a Baixa não fechou só por causa desse andor... também houve - da Praça do Município ao Rossio - um desfile de máscaras ibéricas, belzebus e chocalhos, tambores e gaitas, o profano e o sagrado (e a escolha é arbitrária, conforme convicções)... curiosamente deu jeito só bater na santa por causa do trânsito, mesmo que nem seja da minha particular devoção.
ResponderEliminarPercebo, Miguel. Longe de mim, insultar a santa. Quando não é a santa, é a Fórmula 1 (!!!), ou eram as bicicletas e os skates no tempo do PSL, se não me engano. O meu conceito de cidade é muito simples - é para que as pessoas lá vivem e a usufruam com normalidade. A Avenida deveria ter esplanadas e algum trânsito. A Baixa devia ter comércio o tempo todo. O que me incomoda é a noção, cada vez mais imposta, de que a cidade deve ser uma permanente palhaçada, sempre parada/atafulhada de actividadade bizarras. E Lisboa, fora do centro, tem muitos espaços para palhaçada - o parque junto ao Trancão, Monsanto... A cidade, insisto, deve ter vida de cidade. Com pessoas normais, que passeiam, fazem a sua vida, sem necessidade de artificialismos. Não me parece assim coisa tão bizarra de se querer...
ResponderEliminarSim, percebo. E com essa cidade estou absolutamente de acordo. :)
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