terça-feira, 19 de maio de 2009

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No último fim-de-semana, Lisboa foi uma cidade sitiada. Quem tivesse de ir trabalhar (sim, há quem trabalhe, até aos fins-de-semana...) ou simplesmente visitar a família (sim, ainda vai havendo famílias...) era retido em vastas operações stop e perguntava-se por que, tendo carro, paga um imposto, que é municipal e é suposto servir precisamente para circular.
O Estado, percebi depois, submetia-se, estilo Arábia Saudita, a um fervor de ordem extra-sensorial. Só não pude ver se as mulheres, quase como lá, cobriam a cabeça com lenços...
É claro que tudo poderá ter sido um equívoco.
E talvez tenha sido apenas uma cedência aos maluquinhos que agora inventaram essa coisa extraordinária de que os carros não são para as cidades - o que implicará que o tal imposto deixe de ser municipal a passe, sei lá!, a rural.
Ou talvez não, talvez que, como tudo se passou à beira e sobre as águas do Tejo, se tenha tratado apenas de uma singela homenagem aos fanáticos dos rios, da frente ribeirinha.
Da próxima que o andor passear por Lisboa, aposto, vai andar na ciclovia.

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